Leninha era vizinha de casa de Carminha. Eram aquelas casinhas feito casa de pombo, geminadas.
Paredes coladas e ouvidos abertos, afinal ninguém era surdo ali.
Uma tarde Leninha estava estudando na cozinha enquanto sua mãe terminava algumas costuras. Foi daí que começaram a ouvir gritos alucinantes e pelo jeito que esses gritos vinham eles eram de pavor e dor.
Leninha saiu no quintal e foi aí que ouviu:
_NÃO, NÃO VÓ POR FAVOR NÃO ME BATA!
_Sua cadela eu já mandei você lavar o banheiro, depois ir fazer comprar e fazer almoço. Mas você não me obedece sua vagabunda!
E a vó batia e batia sem dó!
Leninha correu e chamou sua mãe. As duas ficaram ouvindo penalizadas os gritos da pobre Carminha.
Quando foi a noite, Leninha tocou campainha da casa de Carminha. Veio a velha dizendo:
_O que você quer sua enxerida?
Ah, eu... É que eu queria ...
__ DIGA LOGO!!
_Ouvi gritos aí... A Carminha tá bem e eu posso entrar?
_Vai entra logo, a Carminha tá no quarto dela.
Leninha chegou rapidamente ao quarto da moça e a viu sentada no chão encostada na cama e estava em prantos.
CARMINHA?
_Ai Leninha é minha vó, ela me deu uma surra hoje só porque eu não fiz o que ela tinha me pedido. Que dose viu? Eu tenho meus trabalhos de colégio, aulas na auto-escola e eu ainda tenho que ficar fazendo faxina. Ah, eu eu to com muita dor de estomago, acho que é de nervoso... Deve ser gastrite nervosa.
_Mas porque tua avó te maltrata tanto? Eu nunca vi uma avó assim. A minha é tão boa comigo...
E Carminha chorava ainda mais.
A moça em questão era criada pela avó , tal e qual a tia da praia (a tia -avó Zulmira).
Carminha foi abandonada pela mãe depois do divórcio e o pai dela casou-se novamente e não queria saber de criar a filha , então ela ficou com a velha malévola e que também tinha um gato.
INCRIVEL!
Leninha se compadeceu da amiga e disse:
_Vamos lá em casa . Minha mãe fez almôndegas no molho, hummm estão ótimas.
_Imagine uma coisas dessas... Minha avó me mata de pancadas se eu sair daqui. Ela disse que eu to de castigo e nem posso sair do quarto.
Leninha ficou doida de raiva da velha, mas não disse nada para resguardar a amiga. Despediu-se dela dizendo se veriam na manhã seguinte no colégio.
*episódio verídico*
E vem mais por aí - aguardem.
-Nota da Lu: Amigos, alguns desses episódios eu presenciei ou me foram contados por Leninha. Simplesmente porque estas duas, eram minhas vizinhas e também estudavam no mesmo colégio que eu.
Coitada da Leninha... mas compreendo... uma velha senhora talvez já não tenha paciência para tomar conta de alguém. Quem sabe...
ResponderExcluirAAAAAAAHH MENTIRA!!
ResponderExcluirA AMIGA VAI SE VINGAR DA AVÓ MÁ?
QUE DA HORA, TO AMANDO,MAS QUE VÓ HEIN?? MEU PAI DO CÉU.
BJS QUERIDONAAAAAAAA!!!
PATTY.
Lembrou-me o clima de "Um bom diabrete", "Huckleberry Finn" e "Oliver Twist" - três autores diferentes retratando a exploração infantil.
ResponderExcluirBeijos, Condessa de Ségur-Twain-Dickens...
Ana, vc nçao chamaria de "velha senhora" essa mulher. Ela era do mal, de verdade!
ResponderExcluirEu sentia um misto de raiva/medo por ela. Ma ela teve o fim que merecia. Que vou contar só no final da saga das moçoilas.
bacios
Patty Leninha até queria acabar com a vó malévola, mas nem precisou sujar suas mãos. A justiça divina fez o trabalho!!
ResponderExcluirrs
beijaõ amada
Adoro Condessa de Ségur. Aliás estou relendo um livro dela que ganhei da minha avó nos anos 60.
ResponderExcluirLindo de viver a história!
bacios caríssimo