Dona Mocinha vivia lá pros cafundós onde Judas
já tinha perdido tudo e só faltava o bigode... (mas ele tinha bigode?)
A talzinha
era uma figura daquelas, bem folclóricas. Dessas saídas de um almanaque
distribuído gratuitamente pela farmácia local no largo da matriz.
Seu maior
atributo era a maquiagem que comprava na feirinha da beira de estrada dias de fim de semana. Coisa pouca: batom,
rouge, lápis preto e rímel daqueles bem fubangos , ah e comprava também os compactos de sombra
coloridas e o pó de arroz pra mor de
ficar mais bela do que já era.
Os
vestidinhos de chita eram sempre muito floridos, mas pareciam mesmo toalhas de
mesa . Fazer o que né... Ela gostava!
Toda tarde
ficava horas na vitrine do peitoril de sua janela olhando os moçoilos que saíam
das fábricas e lhes sorriam gentilmente apertando o passo quando passavam por
ela. Mesmo porque, ela se debruçava, empunhando os peitos como pedúnculos em
flor. Era nojento de ver.
Os cabra safados
(os mais velhos), os lobi(somens), a
comiam com os olhos. Mas ela gostava mesmo era dos jovens e de alguns
estrangeiros que às vezes por lá passavam em viagem.
Ela
trabalhava na tecelagem da cidade e nas horas vagas se reunia com os poetas do
cordel pra rabiscar e rebuscar palavreados.
Mas ela
gostava mesmo era de galopar, e seu cavalo (tão participativo ele), que fazia versos com ela.
Um belo dia
ela ganhou um espelho e foi aí então que tudo mudou em sua vida porque ela
nunca tinha visto aquele treco “praquelas”bandas. Ela costumava refletir mesmo sua imagem nas
panelas que Anastácia areava com sabão de babaçu.
Desde aquele
dia, Dona Mocinha ficou mais vaidosa e sabem que ela se deu bem?
A cidade
elegia nesse momento o novo prefeito. Solteirão, montado na grana (do
povo, claro) carrão último tipo...
Era metido
demais o sujeito,porém sua figura era bizarra. Vestia-se sempre como um
arco-íris, quando a calça era amarela o paletó era roxo, a camisa lilás e a
gravata alaranjada. Usava sempre um chapéu , que dizia ele era um panamá... ah, tá?
Os sapatos eram sempre de verniz
coloridos ou não, dependiam de como estava a cachola dele naquele dia.
Certa noite resolveu passear na praça e lá estava dona mocinha na
janela distribuindo sorrisos e uma máscara de maquiagem que mais parecia um
boneco de ventríloco. E num é que o prefeito ao vê-la caiu de amores?
E assim Dona Mocinha , que era um doce já meio passado na vitrine,
virou sobremesa requintada na mesa do político.
... Coisas da vida!
by Lu Cavichioli
Um conto delicioso de se ler. Gostei muito.
ResponderExcluirBeijos.
Élys, que bom ter você amigo, meu caro.
ExcluirObrigada poela leitura e compartilhar minhas doideiras.rs
bacios
rsrsrsrs... feitos um para o outro!
ResponderExcluirOi Ana, sem tirar nem por!
Excluirbacios
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluir-QUE CAUSO!!!!
Miga! Não tou me aguentando aqui de tanto rir!! que delícia essa Dona Mocinha!! quase caí literalmente da minha cadeira!PLOFT!
''se reunia com os poetas do cordel pra rabiscar e rebuscar palavreados.'' sei...
...''costumava refletir mesmo sua imagem nas panelas que Anastácia areava com sabão de babaçu.''kkkkkkkkkkkk...será que sei?rsrs
E o tar prefeito , então? Home bão, casadoiro disponíver, bão partido...kkkkkkkkk...''vestia-se sempre como um arco-íris, quando a calça era amarela o paletó era roxo, a camisa lilás e a gravata alaranjada.'' kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
kkkkkkkkkkkkkkkkk
Mário Fofoca perdeu feio pro Prefeito daquelas bandas no quesito indumentária! Ô cafundó do Judas, meu Deus!!!
Muito obrigada por desopilar meu ''figo'', miga das Letra! Essa mocinha empetecada e borrada de maquiage me alegrou a noite hoje!!!
...será que sei???
Bacios! Muitosssss
***E uma pergunta que não cala por aqui: será que ela me empresta o cavalo???kkkkkkkkkkkkkk
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Ai miga me acabei de rir aqui ao ler teu coment e ploft mesmo! kkkkkkkkkkkk
ExcluirOlha, o cavalo ela não emprestaria de modo algum porque ele é seu alter ego. Por acaso você já viu alguém ter um cavalo poeta? kkkkkkkkkkk Pois Dona Mocinha tem, e olha é coisa rara. Por isso pode tirar O SEU cavalinho da chuva kkkkkkkkkkkkkkk
O prefeito saiu mesmo de algum armário carnavalesco, não é possível... kkkkkkkkk
RIR por enquanto é o aremédio, não acha?
Adoro quando vens.
bacios e olha to aqui esperando teu tempo para analisar
RAZÕES DO CORAÇÃO.
Mile bacio
caríssima
LU,
ResponderExcluirESTÁ VISUALIZANDO EU CAIDA NO CHÃO??
VC E NORMAL??
FUI NA FÁBRICA DE HISTÓRINHAS E A CATAPORA TOMOU CONTA DA PESSOA.
EU AMEI O DESENRROLAR DO CAJUEIRO, DOS NEURONIOS COLADOS COM COLA QUENTE,KKKKKK, E....
DEPOSI VOLTO PARA LER A BRANCA DE NEVE QUE DEVE DE ESTAR UM ESPETÁCULO, MAS A PESSOA AGORA TA SEM TEMPO.
BJS GRANDE.
E DEPOIS TBM VEIO LER ESTA DO CAUSO, JA GSOTEI DO TÍTULO.
E ESTOU INDO TRABALHAR AGORA, TENHO UMA PESSOA PARA FAZER UM BOTOX CAPILAR. BJAOOO.
PATTY.
Lu, cada frase que construiu tem sua característica especial. Humor não faltou, realmente. E os dois foram felizes para sempre (kkkkkkk). Bjs.
ResponderExcluirkkkkkkkkkkk Mari você imagina que eu me escachei de rir quando acabei de escrever esse texto? kkkkkkkkk Nossa, aonde é que eu vou tirar essas loucuras? Affffff
ExcluirMas obrigada querida, por sua leitura. Adoro quando vens.
bacios