...Um tal mendigo coçava a ponta da orelha e observava
faminto, namorados que saboreavam batatas fritas.
HOMENS TRABALHANDO: lia-se na tabuleta que impedia a passagem.
Um cãozinho ladrava insistentemente para um operário da Alpargatas, crianças gritavam na praça.
A virgem contemplava da janela inatingível de sua infinita esperança, aquele pintor nem moço nem velho, que todas as tardes sentava na relva e borrava suas telas com desenhos utópicos.
Um cãozinho ladrava insistentemente para um operário da Alpargatas, crianças gritavam na praça.
A virgem contemplava da janela inatingível de sua infinita esperança, aquele pintor nem moço nem velho, que todas as tardes sentava na relva e borrava suas telas com desenhos utópicos.
O poeta caminhava lentamente pelas alamedas de seu pensamento, e julgava que o mundo, algum dia, pudesse ser azul.
... As luzes da cidade brilhavam, leões urravam nos corações de algumas pessoas, e mulheres choravam a perda de seus maridos.
O padre Casemiro ausentou-se da missa, pois foi convidado a participar de um concurso de dança na discoteca da cidade.
...Ah, quem me dera ser um pássaro e voar nos teus abismos. Os muros da cidade estavam úmidos das lágrimas dos indigentes. O mar soluçava e derramava toda sua espuma arquejante nas insólitas areias frias e desconsoladas da praia deserta.
Os grandes olhos da serpente imaginária seguiam tudo. Poemas de verão dançavam no ar. A guerra gritava ao longe toda sua vontade de matar, e todo seu desespero.
Tia Anastácia continuava contando estórias da carochinha e o pomar anunciava frutas coloridas e apetitosas
O pessoal da usina ansiava logo pela hora do almoço. O sítio do Sr. Ferreira estava alagado pela multidão de crianças perdidas.
As
abelhas como pincéis ao vento,
rabiscavam a lua, inteira de fases.
Eu,
sentado sobre o muro das épocas, sabia que tudo era somente uma questão de
construção. Tijolinho por tijolinho, subindo panoramas, descortinando rostos,
presos à janelas a ver twisters.
®
Lu Cavichioli
Tijolo por tijolo pode-se construir muitas histórias, e elas ficam, sendo boas ou não. Parabéns amiga, beijos.
ResponderExcluirOI Arnoldo, pode crer! Os tijolinhos são a base e a argamassa o recheio da amizade que deve ser sempre doce: EU ACHO! rs
Excluirbeijos e obrigada pela visita!
:)
Este é o mundo... belíssimo texto, Lu.
ResponderExcluirÉ isso, Ana, simples assim!
ExcluirGrata minha amiga poeta de qualidade!
beijão
Neste Reino a soberana
ResponderExcluirPor decreto imperial
Declara aberta a semana
Da imaginação total.
Anistia às fantasias
Aos contos, às poesias,
Ampla, irrestrita, geral.
Beijos, Lu.
Não poderia ser diferente tua resposta, caríssimo!
ExcluirComentário à tua altura, óbvio. E eu que ganho com isso rs!
obrigada meu querido, pelo carinho que tens comigo e... Paciência tb rs!
beijos
Bom dia Lu.. um fragmento rico de detalhes.. e claro gostei da parte que me toca.. o poeta caminhava lentamente nas alamedas de seu pensamento.. nós somos bem assim.. estamos sempre divagando e buscando palavras para serem moldadas.. bjs querida amiga vindos do friolento aqui da serra gaucha rsrs.. hj tá que tá a coisa aqui ..abaixo de zero.... até sempre
ResponderExcluirOi Samuel, bom dia! Estava mesmo faltando você nesse fragmento, pra ficar completo rsrs!!
ExcluirAhhh, nem me fale do frio brrr!! Aqui em Sampa tb está terrível. Imagino aí, nevou né? Que lindo!! Eu queria estar aí... Buaaaaaaa
beijos meu querido, adoro quando vens!
PORQUE FAZ ISSO CONOSCO??
ResponderExcluirNOSSA COMO VIAJEI GRANDÃOOO. EM CADA FRAGMENTO UM DETALHE.
ADORO TE LER SEMPRE.
BJBJ!
kkkkkkkkkkk Lá vem meu MEL COM PIMENTA...rsrsrsssss
ExcluirOi lindeza, gostou? São os fragmentos da vida, da tua e da nossa vida e todo o mundo!
E eu adoro você!
bacios amada!
:)
Oi Lu! muito lindo!
ResponderExcluirTudo muito bem construído! Tijolinho por tijolinho, num mundo azul, onde há até twisters.
Menina, sua capacidade de escrever muito com pouco é admirável e invejável;-)
Abração
Jan
Oi Jan, que legal receber você aqui no Escritos. Poxa, obrigada por suas palavras.
ExcluirElogio recebido e depositado no coração!
Beijão, querida e boa noite!!
:)
Lu, eu juro que no final eu li Twitter. ahahahaha!
ResponderExcluirA sério, admiro quem consegue escrever acerca de coisas simples e tão reais com todo este lirismo.
Meus muitos parabéns!
Encantei-me com o mendigo olhando as batatas fritas, o cãonzinho ladrando enquanto as crianças brincavam, o poeta sonhando azulcinado, o descaminho do padre, o mar solucando, a tia Anastácia contando estórias, as abelhas rabiscando a lua. Assim descortinando os rostos fostes construindo tijolinho por tijolinho.
ResponderExcluirLu, Adoro ler tão lindas construções em letras com a sua marca registrada.
Bjs.