Sinhazinha nasceu em Lustron, segundo planeta do Sistema Solar Vaga(Lume).
Na verdade, ela e sua família foram sobreviventes da hecatombe terrestre e, junto com outros embarcaram rumo ao planeta.
A viagem durou 5 meses terrestres e quando lá chegaram sua mãe já sentia as dores de parto, e ela escapuliu ali mesmo no Angar das Borboletas Solares.
Lustron era semelhante à Terra com atmosfera respirável e agradável. Porém o solo era arenoso e havia pouco verde no pequeno bosque onde fixaram residência. Contudo, o pai de Sinhazinha começou a cultivar plantas na água, fundando o Laboratório Estufa I.
Vaga(Lume) II era um planeta ainda em gênese de seu desenvolvimento. Haviam lagos de água potável que eram límpidos como o cristal. Um milagre, não acham?
E assim, esse grupo de sobreviventes foi povoando o planeta construindo colônias prósperas e que depois de algum tempo batizaram de Terra Verde.
Pela manhã o planeta era banhado por um sol rosado e ameno, quando anoitecia outro sol nascia no horizonte oposto, tornando a noite violeta. Imaginem uma noite violeta... Era outro milagre!
Assim os anos foram se passando e Sinhazinha tornou-se uma linda moça, pena que era obesa. Mas seus pais foram mais espertos e submeteram-na a uma dieta de tomates e folhas, embora a moça fosse mais carnívora do que se podia supor.
A carne vinha de uma ave que sobrevoava os ceús violeta, onde a caça era ferramenta de sobrevivência.
O pássaro era enorme, colorido e muito saboroso e por sorte, havia muitos deles. Parecia que quanto mais eram caçados, mais deles apareciam. E esse mistério nunca foi desvendado.
Além dessa dieta, a mãe de Sinhazinha lhe contava histórias de um menino chamado Bombinha e que fora sobrevivente da hecatombe escondendo-se no subsolo de uma fábrica, mas essa é uma outra história e merecia um capítulo especial.
*(que vou contar depois)*
Sinhazinha tornou-se desde então moça de corpo esbelto, escultural e olhos verde mel.
Vestia-se de rosa todos os dias e a noite cobria-se de lilás e no alto da cabeça onde tinha uma farta trança enrolada em coque, usava um diadema cristalizado e desconhecido que fora achado em seu quarto numa dessas noites esfumaçadas pelos dois satélites púrpuras que inundavam de vinho sua cama. Ela ficava horas admirando-os e seus pais de longe lembravam-se da prata que a lua trazia de presente em noites de verão. longínquas luas...
E todos esses atributos faziam da moça uma princesa da Nova Era.
Um dia, Sinhazinha resolveu andar pelo solo arenoso aque ficava no lado sombrio de Lustron. Seu pai a proibia de ir pra lá, pois conhecia os perigos escondidos nas rochas. Mas ela era impetuosa e renitente e achava divertido passear por aquelas bandas, já que ninguém tivesse a coragem de lá pisar -salvo alguns curiosos desavisados que jamais retornaram.
O sol violeta estava nascendo e Sinhazinha o amava tanto que ficava sentada na escadinha em frente à sua casa para admirar toda sua beleza. Seus raios variavam de cor conforme a madrugada ia chegando, e um degradê lilás ia enfeitando os céus e o solo.
Certa noite, seu pai lhe contou sobre o sol amarelo que aquecia a Terra, mas ela fazia caretas e não tinha como imaginar outro sol que não fosse o rosa e/ou o violeta. Mas isso agora pouco importava porque sua meta era visitar as montanhas arenosas.
(...) continua
Oi Lu, tudo muito criativo!
ResponderExcluirA terminologia que vc usa é interessantíssima.
Estou encantada!
Abração
Jan
Oi Jan, obrigada!
ExcluirEssa é uma história totalmente surreal e nesta nova fase vou focando em situações futuristas (que eu adoooro).
Valeu pela leitura, volte sempre.
beijão e boa semana!!
Solo arenoso é ideal para cajueiros...
ResponderExcluirBeijos.
UAI, verdade??? Sabia não...
Excluirbacios
Bom dia minha amiga Lu... adoravel historia.. muito me interessa estas criaçoes que envolvem outros planetas.. mas sou bem mais ligado ao mundo intraterreno. agartha -shambala- e por ai vai até fiz uma obra sobre mundos intraterrenos.. muitos me chamaram de louco... ma seremos eu e JUlio Verne então rsrs gostei dos teus comentarios respondo aqui pq lá não sei se veria a resposta.. então sobre o tema morte que muito me encanta falar... pois não temo a mesma por ser ela só uma grande mentira - amo esta frase tambem.. por incrivel que pareça estas duas poesias sobre morte só ficaram atras de visualizaçoes do soneto ao dia dos namorados.. como pode né.. tenho tanta coisa falando de amor e tem gente que sequer para para ler e todo mundo só sabe dizer eu só leio coisas romanticas.. dai o doido aqui fala de morte que a maioria sai na correria só lendo a palavra,, dai param para ler e até gostam sabe rsrs eu te juro que não entendo acho que estão assistindo muito o datena.. gostam de algo horripilento... bem sobre o soneto do himen.. sempre amei poder falar sobre temas que não vemos por ai.. faz alguns anos já este soneto.. acho muito bonito por sinal mesmo sabendo que hj em dia as mocinhas querem mais é ver ele rompido logo.. é uma pena pq a infancia s vai logo embora e vem a fase adulta frustante e cheia de arrependimentos- dai a gente ouve aquela história eu não devia ter dado tão cedo rsrs mas é assim né.. bem os tempos mudaram muito.. então que seja o que o homem lá em cima quiser né... bjs e tenha um lindo dia Lu
ResponderExcluirQuer dizer que vc gosta do mundo intraterreno? Caraca!!
ExcluirSabe que eu nunca escrevi nada assim né? Acho até legal as pessoas sonharem com este mundo. Seria o mundo dos duendes, fadas e gnomos? Se for eu to dentro e já escrevi sim. Mas se naum for... Achu que não escreverei mesmo rsrsr...
Pois entaum, esses teus dois últimos poemas são de arrasar. Temas contundentes e que quase ninguém escreve.
Samuel e suas novidades! rs Gosto mucho!
bacios
Vim ler o início. Muito bom!
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