No último episódio, conhecemos a moça que nasceu em Lustron e como ela se tornou uma princesa dos Novos Tempos.
Relembrem:
http://www.escritosnamemoria.blogspot.com.br/2013/07/a-origem-de-sinhazinha-noite-lilas.html
Impetuosa e renitente, a moça em questão desobedeceu as ordens de seu pai e um desses dias de sol rosado, ela tomou coragem e trilhou a Floresta Orgânica criada através do Laboratório Estufa I.
Ao fim dessa floresta o solo era somente areia e pedregulhos e além disso os dois sóis que banhavam o planeta não derramavam seus raios por lá.
O céu tinha a cor da areia e havia sombras de rochas por todos os lados. Sinhazinha chegou por lá ao meio dia, pensando em sua inocência que o sol rosado fosse alagar de alegrias as terras arenosas, posto que não acreditava nas histórias folclóricas do pai. Contudo a moça insistiu e teve uma surpresa nada agradável.
A região era repleta de estátuas que tinham forma humanóide, mas ao observar de perto ela chegou a uma conclusão de que não eram como ela e seus pais.
A cabeça era pequena e quase não tinham pescoço. O tronco era proeminente e os membros superiores curtos e as mãos possuíam apenas e dedos, finos e sem unhas.
Sinhazinha torceu o nariz e teve náuseas. Mas mesmo assim continuou sua minuciosa observação.
Os membros inferiores eram de escamas e os pés pareciam com os dos pássaros , aqueles enormes, que sobrevoavam o lado iluminado do planeta. Eram enrugados e como garras apresentando unhas curvadas e afiadas.
A moça passeou entre a infinidade de estátuas olhando uma a uma e viu logo atrás delas cavernas obscuras. Parou, observou e estranhou peguntando-se qual a utilidade destas. E o que seriam essas estátuas: Deuses distantes e petrificados? Talvez...
Montanhas compunham o cenário e ela foi mais perto e as tocou. A princípio levou um susto, porque eram arenosas também e desfaziam-se entre os dedos. No entanto sua aparência era sólida. Coisa estranha... Mas como Sinhazinha era Lustrense acabou achando normal. Ela só lamentou não haver nenhum verde por ali e balançando a cabeça , abaixou seu olhos um tanto penalizada. Então caminhou novamente por entre as estátuas, indo para a trilha que a levaria de volta.
Quando estava dando seu último passo nas areias misteriosas ela ouviu um som parecido com um grunhido.Parou e olhou por cima dos ombros e qual não foi seu assombro quando viu entrando na caverna aquela primeira estátua que observou. Sentindo um certo pavor, apressou os passos sem olhar pra trás e logo depois começou a correr por entre as folhagens cheirosas e benfazejas recebendo com prazer em sua pele os delicados raios do sol rosado.
Chegou ofegante sentando-se em frente à sua casa, pedindo água pra sua mãe que estranhou seu comportamento e logo quis saber o motivo.
Sinhazinha balançou a cabeça negativamente dizendo que tinha encontrado um dos pássaros gigantes andando sobre as plantações.
Quem seriam as estátuas? Talvez nunca saberemos... A não ser que
houvesse um contato de terceiro grau com as mesmas.
Será que nossa Sinhazinha teria essa coragem?
Vai saber...
Será que algum teremos que embarcar, numa nave, para Lustron?
ResponderExcluirAbração
Jan
Oi Jan, será? OLha minha amiga, do jeito que vai a coisa... A Terra um dia (infelizmente) deixará de existir.
ExcluirE eu pergunto e a Humanidade??
... Mistérios!
Até que Lustron seria um mundo alternativo (pura ficção de Lu Cavichioli) rsrs.
Obrigada pela visita
grande beijo e boa semana
Pois é, vai saber, amiga escritora!
ResponderExcluirUm abração. Tenhas um lindo fim de semana.
... Exato! Qual o mortal que poderá responder?
ExcluirAbração e tenha uma ótima e feliz semana.
:)
Lu
ResponderExcluirSó agora pude vir na sua blogada.
Da origem de Sinhazinha: O lado Sombrio de Lustron , A noite Lilás , fui até lá na Sidebar e necessito de nova retomada.
Mas desde já te digo: Que benção. Desde pequenina seus pais terem te incentivado na leitura com a coleção de Monteiro Lobato. A sua criatividade já começou a fluir desde então. Estes foram os importantes passos para se encantar com os livros que a tornou uma grande escritora.
Fragmentando os seus escritos:
..."Todas as tardes a Sinhazinha sentava-se à sombra do Cajueiro e ali ficava cirandando metonímias e desenhando estátuas de papel...
Fiquei a imaginar um pequeno desfecho já neste trecho inicial que poderia transformar-se em um precioso haibun precedido de um haicai.
Adoro ler-te.
Um lindo final de semana
bjs.
Querida Elisa, é um prazer enorme tê-la como leitora. Vc é sensível e envolvida com a literatura, posto que tens na alma uma tatuagem: TEUS HAIKAIS!
ExcluirVc é uma artista.
Eu fico imensamente grata e feliz em poder compartilhar contigo o que escrevo.
Ahh, vc ficou a imaginar um fechamento poético para o trecho descrito por ti? Ai meus sais... Agora eu quero ler tua criação. Depois vou ao teu blog pra gente discutir essa idéia.
Bjão lindeza de Elisa
Iiiiiiii!!!!! Que responsa a minha. Com quem eu fui me envolver. Sou um pouco lerda para visitar as blogueiras mas pode esperar que vou fechar com um haicai. Pode não ficar perfeito .Ainda sou aprendiz, mas acho que dá para o gasto. rsrsrsrs.
ExcluirVolto
Bjssssss
Fiquei curiosíssima quanto às origens das estátuas; pergunto-me: seriam mesmo estátuas, ou formas de vida em suspensão?...
ResponderExcluirNOssa?????? Formas de vida em suspensão? UAU que idéia Ana afffff! ADOREI hehehe!!!
ExcluirMas devo confessar que naum são formas de vida em suspensão, mesmo porque a suspensão em Lustron não se daria ao ar livre.
Aguarde rs!
beijão