Todos os Direitos Resevados à Lu Cavichioli

quinta-feira, 28 de março de 2013
A perfeição não funciona
Toda vez que atendia ao telefone, Margot corava. Isso acontecia sempre quando seu marido estava por perto. E tudo foi tomando grandes proporções, até que ela resolveu engasgar ou espirrar quando tocava o telefone só pra não passar esse constrangimento.
Mas será que ele queria saber porque ela corava e ficava sem graça?
NÃO, ele não queria! Só ficava mesmo perguntando porque ela corava enquanto aproveitava para fazer críticas e cobranças.
Por que será que Margot corava?
Há tantas hipóteses... Qual seria a sua?
E por que o marido aproveitava para critica-la ao invés de ajuda-la com essa limitação?
Há tantas hipóteses... Qual seria a sua?
Eu só sei de uma coisa: Quem busca a perfeição perde a razão.
by Lu C.
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mini conto interrgoativo
sexta-feira, 22 de março de 2013
Leninha & Carminha em...
... Biscoitos água e sal com margarina e guaraná!
Leninha era moça sonhadora e gostava de imaginar lugares, planetas e seres de outro mundo. Andava sempre avoada com tanta história que inventava e soube na época que a TV estava exibindo uma série chamada O Planeta dos Macacos .Putz, ela ficou como doida e queria ver a todo custo só que sua TV queimou bem naquela semana e não ia dar tempo de ficar pronta pra ela ver o começo da série.
O que ela fez?
Apelou para Carminha que na mesma hora lhe disse:
-Claro Leninha, vem hoje a tarde que vai começar o primeiro capítulo. Vai ser jóia!
-Ah, eu quero, mas tenho medo de que sua avó te coloque de castigo e me ponha pra fora de sua casa.
-Que nada, a velha vai fazer crochê na casa da Marina. Pode vir sim... Começa lá pelas três da tarde.
E assim foi.
Leninha botou sua calça jeans desbotada , tênis e uma camisetinha branca. Prendeu o cabelo num rabo de cavalo, afagou sua cadelinha, deu um beijo na mãe e saiu.
Abriu o portão da casa de Carminha e foi entrando e logo gritou:
-Ei , cheguei. Abre aí.
Para seu espanto, quem abriu a porta foi a velha.
Leninha gelou da cabeça aos pés e gaguejando disse:
-Boa tarde Dona Izolda, a ... Ca... A Carminha ta aí?
-ENTRA LOGO SUA ENXERIDA!
Na sala, sentada no tapete estava sua amiga segurando a risada e Leninha disfarçou sentando ao seu lado ali no chão.
A TV já estava ligada e logo a série iria começar.
A velha fechou a porta e ranzinza como sempre, vociferou:
-Podem assistir, mas não quero risinhos nem falatórios, senão eu te mando pro quarto, ouviu Carminha?
-Sim vó, tá certo.
Nisso a velha se esgueirou lá pra dentro e as duas caíram na gargalhada tapando a boca uma da outra e Leninha tentando perguntar o por que a avó não tinha ido no crochê. Mas isso nem tinha importância porque a série já estava no ar e Leninha já estava voando para seu mundo de fantasias. Mas seu estômago começou a roncar e ela disse:
-Humm to com fome, você não?
_Eu também, pera que eu já volto.
Carminha voltou trazendo uma bandeja com biscoitos água e sal, uma faca e um pote de margarina. Dois copos e uma garrafa de guaraná.
QUE FESTA HEIN?
Pra elas era sim! Quando se é jovem tudo é festa...
E assim, Leninha conseguiu ver toda a série na casa de Carminha, enquanto elas fingiam estudar e torear a velha.
Até que se saíram bem dessa vez! rs
By Lu C.
Leninha era moça sonhadora e gostava de imaginar lugares, planetas e seres de outro mundo. Andava sempre avoada com tanta história que inventava e soube na época que a TV estava exibindo uma série chamada O Planeta dos Macacos .Putz, ela ficou como doida e queria ver a todo custo só que sua TV queimou bem naquela semana e não ia dar tempo de ficar pronta pra ela ver o começo da série.
O que ela fez?
Apelou para Carminha que na mesma hora lhe disse:
-Claro Leninha, vem hoje a tarde que vai começar o primeiro capítulo. Vai ser jóia!
-Ah, eu quero, mas tenho medo de que sua avó te coloque de castigo e me ponha pra fora de sua casa.
-Que nada, a velha vai fazer crochê na casa da Marina. Pode vir sim... Começa lá pelas três da tarde.
E assim foi.
Leninha botou sua calça jeans desbotada , tênis e uma camisetinha branca. Prendeu o cabelo num rabo de cavalo, afagou sua cadelinha, deu um beijo na mãe e saiu.
Abriu o portão da casa de Carminha e foi entrando e logo gritou:
-Ei , cheguei. Abre aí.
Para seu espanto, quem abriu a porta foi a velha.
Leninha gelou da cabeça aos pés e gaguejando disse:
-Boa tarde Dona Izolda, a ... Ca... A Carminha ta aí?
-ENTRA LOGO SUA ENXERIDA!
Na sala, sentada no tapete estava sua amiga segurando a risada e Leninha disfarçou sentando ao seu lado ali no chão.
A TV já estava ligada e logo a série iria começar.
A velha fechou a porta e ranzinza como sempre, vociferou:
-Podem assistir, mas não quero risinhos nem falatórios, senão eu te mando pro quarto, ouviu Carminha?
-Sim vó, tá certo.
Nisso a velha se esgueirou lá pra dentro e as duas caíram na gargalhada tapando a boca uma da outra e Leninha tentando perguntar o por que a avó não tinha ido no crochê. Mas isso nem tinha importância porque a série já estava no ar e Leninha já estava voando para seu mundo de fantasias. Mas seu estômago começou a roncar e ela disse:
-Humm to com fome, você não?
_Eu também, pera que eu já volto.
garrafinha velhinha essa hein? Mas era assim lá nos anos 70
Carminha voltou trazendo uma bandeja com biscoitos água e sal, uma faca e um pote de margarina. Dois copos e uma garrafa de guaraná.
QUE FESTA HEIN?
Pra elas era sim! Quando se é jovem tudo é festa...
E assim, Leninha conseguiu ver toda a série na casa de Carminha, enquanto elas fingiam estudar e torear a velha.
Até que se saíram bem dessa vez! rs
By Lu C.
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Leninha e Carminha
quinta-feira, 21 de março de 2013
Qual é o nome do livro?
“Meio cansada, meio
arredia...
Os dias
andam entediantes e o sol chegou ardido e voraz.
As
tardes ainda são amenas, mas os malditos siriris já começam a pulular na presença das lâmpadas e isso é
completamente fora de propósito porque a primavera ainda nem deu as caras.
Ando
sentindo um fraquejar de nervos e músculos ficando acorrentada sem correntes.
Estranhíssimo!
Mas
voltando ao sol, creio que verdades já foram ditas e o calor insuportável
certamente vai aumentar com o passar dos anos e a Terra se transformará em uma
joia... Retorcida e incandescente na orgia do magma.
Os
humanos nada têm para fazer porque eles não querem fazer. E o planeta está ao Deus dará, sofrendo e
declinando estupidamente . Talvez os
terráqueos queiram morar numa estação espacial , fria e sombria, onde tudo é um
apertar de botões e as máquinas(somente), realizando desejos inanimados.”
Será que
ainda existirão reprodutores?
O homem sentado no banco da praça, fingindo ler um jornal
amarrotado assusta
-se ao ouvir essa pergunta vinda de um telão digital instalado no alto de um
prédio de fiberglass.
-se ao ouvir essa pergunta vinda de um telão digital instalado no alto de um
prédio de fiberglass.
Ele coça a cabeça e revira os olhos um tanto amedrontados,
supondo que ele também é um reprodutor.
Eu, do outro lado da avenida, ouço a pergunta e olho
cinicamente para esta figura medrosa que poderá num futuro nada distante, perder
a medalha de inseminador.
Solto gargalhadas piramidais e atravesso a rua para olhar
naqueles olhos (quase) esbugalhados , o
terror que se instala na cidade (que chove). Dias soturnos estes.
A espécie reprodutora está em extinção e o banco de futuros
bonequinhos de carne anda abarrotado de soldadinhos cheirando a água sanitária.
Dou de ombros e vou em direção ao metrô descendo as escadas
com frouxos de risos. La embaixo na estação há um tumulto. Policiais tentam
conter um adolescente aparvalhado com a pergunta que fora feita na superfície e
que ele ouviu através de seu radinho de pilha megassônico.
Mulheres balzaquianas e frívolas adolescentes acompanham a
decadência masculina enquanto eu me aproximo juntando-me a elas.
Os policiais ficam entreolhando-se abalados com a pergunta
que pode virar notícia de primeira
página no dia seguinte.
Um senhor claudica, rindo-se pelas costas e dá meia volta e
se enfia no tumulto dizendo:
- para que tanta perturbação se a espécie humana será (em
curto prazo) somente feminina? De que valem agora, seus gritos machistas e esse
abuso de poder inadequado, pérfido e incolor?
Danem-se todos!
Dito isso subiu as escadas do metro em direção ao jornaleiro
pedindo um arauto da manhã... Pois a lua já tinha deixado seu legado diário
para o sol.
Eu apenas pedia uma média requentada com pão de forma
recheado de presunto queijo.
Você já leu
este livro? Eu o levo comigo na bolsa porque ele retrata o futuro. O nome do
livro?
Por que
você quer saber o nome do livro? Que te importa?
Há tantos
nomes para esse livro...
Alguém
arrisca o título?
By Lu Cavichioli
São Paulo
Agosto
2012-08-21
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texto metafísico e estrambótico
segunda-feira, 18 de março de 2013
Uma Dama - talvez... Beltrana
Na face oculta
Rara e obscura
De um copo -
Reflete e gesticula
A ironia
Do beijo mortífero
Cigarro & bebida
Olores insanos revelam
Meandros na palma
Da mão
Sangue
Segredo
Engano
De uma cigana /fulana
Cochichando Neruda
Em Mar Del Plata
By Lu C.
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poema fulaninho
quinta-feira, 7 de março de 2013
Meninas & Mulheres
Seiva
by Lu C.
Somos todas Amazonas de nós mesmas!
Sou mulher no entalhe das
linhas
Exótica obra de arte em
sândalo
Feito caule que sangra
Espinho & roseiral
Escrevo dor e cicatriz –
saliva mel
Alma de pétala na
guerreira ebúrnea
Na passarela - harmonia
Orvalho adormecido
Sinfonia.
Somos todas Amazonas de nós mesmas!
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dia internacional da mulher
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