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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Boca no trombone



Ando lendo “coisas” por aí para bom entendedor (feito eu)! Tem gente que se acha e pensa que preciso implorar por uma amizade virtual.

Foi por estes dias que alguém digitou um kkkkkkkk logo abaixo de um coment meu e logicamente tudo leva a crer que esse kakakakaka estaria ligado ao que falei (sem intenção nenhuma), mas que foi entendida como tal. Isso ficou bem claro!

Essa pessoa nem me conhece (e eu nem quero), mesmo porque meu santo não bate com o dela. Eu até que tentei... Mas ela (a pessoa) fingiu que não me viu. Mas isso tá cheio dentro da net, mas eu sou macaca velha nesses assuntos. Mas mesmo assim (ainda) consigo ficar indignada.

Desabafos...
Abraços aos amigos (poucos amigos), mas que valem a pena conservar.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Poema Desafio

Este poema veio através do desafio proposto pelo amigo Tonho do blog
Pô Ética
onde ele coloca uma frase/coringa que abre muitos horizontes pra quem gosta de poetar. A frase: SEMPRE VALE A PENA.

Adorei participar!



Assinatura

Vale o sol, o sal, as lágrimas e as luzes
Vale as pegadas e a eternidade emprestada
Quando a essência é urgente

Vale a pena - sempre
Escrever sabedorias
Quando as marcas do tempo
Gritarem de véspera
E a pena assinar o início
Do fim

by Lu C.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A Noite dos Tempos






(Tive esse sonho no ano de 2000!)
Sentei-me na cama. O peito arfando e a testa molhada.


Logo que o rádio relógio tocou olhei imediatamente para os digitais, que exibia um vermelho desbotado, posto que ainda sonolenta, visualizava em meio à leve penumbra que envolvia meu quarto, números, que gritavam: _oito horas da manhã!
Então sem demora levantei respirei fundo dirigindo-me à porta que estava fechada.
Quando abri, saí no corredor e vi minha empregada que passava apressada vestindo um uniforme nada habitual. Usava na cabeça aquelas toquinhas ridículas com rendinhas e laços de fita acetinada, culminando num todo listrado de azul e branco, avental do mesmo tecido, meias soquetes e sapatilhas brancas. Olhei-a meio desconfiada, virei a direita esperando encontrar minha sala de estar, quando fui surpreendida por uma grade que dava acesso a uma escada que por fim levaria à sala.

À minha direita, cortinas esvoaçavam ... Enfim quando resolvi descer as escadas olhei para baixo e vi três salas. Parei, segurei firme na mão da criada puxando-a em minha direção, indagando:
__Onde estou? Que lugar é este?
__Desculpe, senhora, mas... Está em sua casa!?
Dito isto, soltei-a de qualquer maneira e pus-me a contemplar o trio de salas, amplas em sua totalidade. Duas salas de visitas, diferenciadas, e ao longe a sala de jantar.

Ainda não tinha conseguido descer as escadas, estava meio atônita e petrificada. Num ímpeto, projetei meu corpo para frente e pensei:"_ vou descer... é agora ou nunca. Então comecei a descer, quando ouço bem atrás de mim um choro de criança... Olhei e vi um rosto de maquiagem leve,fino corpo vestindo um avental branco e trazendo nos braços um bebê rosado e muito bem cuidado, que ao olhar prá mim, sorriu como uma estrela em noite enluarada.
Não pude conter-me, acariciei seu rosto, suas mãozinhas, que neste momento ansiavam por meus braços. Surpresa e comovida, olhei para aquela moça e perguntei:
__Quem é você, e o que faz com este bebê aqui?
A moça olhou-me com indignação, respondendo:
__Bom dia... é... sou a babá, e este, seu filho.
Este golpe foi pior que as três salas, a sacada e aquele uniforme sem graça de Maria. Neste momento eu não sabia se estava no último degrau ou se já tinha colocado os pés em terra firme.

Quando dei por mim estava sentada em uma das poltronas ouvindo um ruído que vinha detrás de uma porta vai e vem . Levantei-me rapidamente, empurrei a portinhola e saí na copa. Mesa posta, uma desjejum de fazer inveja! Frutas, leite, sucos, frios , queijo, croissant, geléia...

Tudo era muito estranho, mas eu , de certa forma, estava gostando daquilo. Então pude ver agora de onde saía o ruído que ouvira instantes atrás. Em pé ao redor de um balcão instalado no centro da cozinha, estava outra jovem, de certo agora uma cozinheira, picava lentamente alguns legumes. Olhou-me dizendo:
__Bom dia, não se preocupe, já estou fazendo a sopinha do bebê, vou colocar bastante cenoura como pediu.
Assenti com a cabeça, balbuciando um gemido: "_ahan”

Resolvi continuar minha exploração e logo ouvi um burburinho vindo de fora. Corri e saí em um quintal... enorme... com jardim e tudo.
Passou por mim neste momento uma jovem, linda, cabelos solto , pretos, olhos escuros e pele bronzeada. Deu-me um beijo e disse:
__oi mamãe, onde estava? Está atrasada para sua aula de natação.
NATAÇÃO??????
Eu odiava natação e morria de medo de piscinas. Foi quando vi, bem na minha frente, umas delas. Enorme, e... Cheia de gente.
Parecia uma festa do Havaí... Uma loucura!
Saí andando por este jardim como uma desorientada, perdendo a noção do tempo e espaço. Ao longe, avistei aquele bebê, juntamente com três senhoras. Corri até lá pedindo ajuda:
__Por favor, ajudem-me! Quero sair daqui... quero ir para casa.
Uma delas aproximou-se de mim dizendo:
_Fique calma, está em sua casa.

Olhei-a extremamente desesperada. Foi então que tive a maior e a mais extraordinária experiência de toda minha vida.
Avistei uma cadeira, bem no meio do jardim... corri, sentei-me nela e imediatamente esta cadeira foi girando, em câmera lenta...
foi subindo para o ceú, girando lentamente... Subindo, e eu vi nesta hora figuras angelicais de todos os tipos, formas e rostos. Uma mais linda que a outra. Depois o movimento giratório tornou-se mais rápido e logo estava eu em um túnel nebuloso... ( não dá para imaginar que sensação fantástica e aterrorizante que eu estava experimentando)
Continuava girando e girando cada vez mais rápido, até que a cadeira ficou em posição normal, eu fui descendo lentamente e quando dei por mim, estava em minha cama, em meu quarto, porta fechada, olhar no relógio: Um digital vermelho que ressonava oito horas da manhã!

Cheguei à uma conclusão: Foi realmente um sonho, ou um fenômeno?
Estava em outra dimensão encontrando-me com meu outro eu??
Não sei dizer. Só sei que nunca mais esqueci esta experiência.
Mas de uma coisa estou certa:
Existem os mistérios, porém, somos tão frágeis criaturas, que não valeria a pena tal explicação. Mesmo porque nossa mente
não alcançaria tal revelação.






Coleção: Self

By Lu Cavichioli

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Blogs Forever



Minha história de blogueira...

Um enredo, uma odisséia, um folguedo ou apenas uma mania?
Sinceramente não sei mais o que fazer com essa mania de criar blogs. Tenho oito blogs e quatro falecidos (que loucura)... E perguntem se dou conta – claro que não né?
Olha só, tudo começou com o filho mais velho, ESCRITOS NA MEMÓRIA, que atualmente é o que recebe mais visitas.

Em seguida, engravidei do RETRATOS EM DEGRADÊ que frutificou a partir do título de um de meus poemas. Curioso isso né? Meu segundo filho. Ele é bem freqüentado, hospeda muitos leitores , amigos, simpatizantes e alguns dissidentes (que eu sei!) rssssssss, mas mesmo assim, a paisagem do meu retrato continua firme e forte. ROSA CHOQUE – NÃO PROVOQUE!

Depois eu inventei um blog de estética que eu nem lembro o nome porque logo acabei com ele. Mas a idéia continuou fluindo nessa louca e desvairada. Seu nome... Acho que era: PELE E FLOR.(falecido)

Mas vejam só, após o rosa choque que é degradê eu dei a luz ao terceiro filho, o LA FEMME, um blog ousado na cor despojada do azul no preto. Lindíssimo e escultural. Lotei o blog de imagens azuis e tal. A idéia desse blog era escrever a releitura da obra de Roberto Drummond, um escritor renomado desde os anos 70 e que ganhou o Prêmio Jabuti de Literatura pela obra que eu estava disposta a reescrever sob minha ótica. Comecei então (toda animada) a escrever a série: UM SONHO EM PARIS - que alguns amigos já leram e acompanharam. Mas que decepção! O LA FEMME não deslanchou coitadinho e morreu na maternidade, posto que ainda era um recém-nascido. Com muito pesar eu enterrei toda aquela beleza azul e preta. ( O Falecido).

E lá ficava eu atormentada com uma somatória de idéias pra lá e pra cá, até que resolvi abrir o Lu na Cozinha – meu blog culinário, o filho número quatro. Uma verdadeira loucura ele, sabem? Travesso e endiabrado, dando um trabalho danado pra atualizar. Mas como eu tinha muita paciência com ele, ficou algum tempo no ar e cresceu, fez amigos contava muitas histórias de guloseimas, dicas pra festas e reuniões informais. Arranjo de mesa. Danadinho ele! Até comidinhas pra chá de bebê ele inventou. Mas aos poucos a geladeira foi ficando vazia, a despensa triste
olhava o pouco mantimento já quase com data de validade vencida. A conta de gás atrasada, e já com a mesa toda desarrumada e a toalha cheia de migalhas... A Lu fechou a cozinha.
BUaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!(falecido)

Mas não pensem que a produção parou por aí. Outra gestação, filho de número 5.
Voltando eu de uma viagem do litoral norte de São Paulo, olhando a paisagem ainda beira-mar, li uma tabuleta que dizia Quiosque do Pastel pronto, na mesma hora veio a idéia: AHHHH VOU CRIAR UM BLOG COM ESSE NOME.

Revirando os olhos eu me perguntava: “mas o que vou fazer neste blog? Não tive resposta imediata não, foi como fazer uma peça de cerâmica. Onde se senta com a coluna encaixada, estufando o peito, afastando os joelhos e a argila deslizando entre os dedos e fui assim. Comecei a moldar uma idéia: a de tornar um blog comunitário. E veio vindo aquele mundaréu de idéias e pessoas. E fui botando tudo logo no papel para não perder uma só letrinha.
Gestação feliz, parto um pouco difícil, mas com ilustres visitas .

Nasceu então meu rebento com idéias avançadas por ser ainda tão jovem. Ele queria muita gente à sua volta, pois ali seria aberta uma casa de crônicas com pastel e o que mais viesse. E assim foi. Meu Quiosque enviou convites para um grupo alegre, inteligente, criativo e acima de tudo companheiro.
Hoje, meu grupo de quiosqueiros manda ver e arrebenta na escrita.

E assim tudo ia caminhando bem até que meu fascínio libertou outro rebento: o L’AMOUR, um filhote afrancesado chique e cheio de plumas e paetês. Glamoroso que só. Por ser quase o caçula anda meio mimado e só quer colo. Fica dormindo a maior parte do tempo. Mas deixa que logo mais (tomara), ele acorde e comece a andar e produzir noites francesas, visitas a museus e lojas e um pouco da história de Paris.
(falecido).

Mas a doidivanas que vos fala pariu mais um filho, o caçula: seu nome EMPÓRIO DO CAFÉ LITERÁRIO por ser o caçula deveria estar nas fraldas e mamadeira em punho. Mas não! Ele já caminha com as próprias pernas, é falante, ousado, criativo e muito comunicativo. Posto que já fez mais de 100 amigos.

No meio dessa confusão de blogs ali e aqui, eu acabei criando o Canteiro Poeminis um jardim com mini poemas. Lindo e colorido!

Até aí tudo bem... Mas uma noite sonhei que fiz uma viagem ao mundo fantástico e criei o Lume da Lua meu blog encantando.

Mas para completar a tal loucura desenfreada, nasceu o Especiarias da Lu

Até agora... Quantos foram mesmo? Rsrs... sei lá, deixa eles viverem, sem compromissos e sem documentos.

Tem blogs pra escolher e pra todos os gostos, e eu agradeço pelas visitas.

Abraços da Lu Cavichioli