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quarta-feira, 29 de junho de 2011

As vezes, só um olhar basta...

não é preciso dizer nada!
Apreciem somente

Boa noite!
Obrigada


















segunda-feira, 27 de junho de 2011

Cinco Poemas Numa Noite de Inverno

Amigos, fuçando no baú de poesia, achei 5 rebentos que nasceram todos em sequencia em uma noite gélida de inverno em 2004.
Compartilhemos!
Obrigada.


Indagações

Oco?

Redondo?

Côncavo?
convexo?

Relêvo
Reflexo?

Obtuso
confuso?

Inteiro
ou
metade?

Rebelde
ou
Larápio?

Escudo
Enrêdo?

Retalho
Atalho?

Apenas...

Vazio


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Neurônios

Nas profundezas do horizonte
escondo-me da mentira.
E na madrugada
caminho entre céus violetas.

Percebo olhares
árvores soturnas, que
ameaçam a noite.

Há rastros invisíveis
na solidão das pegadas.

E no vazio do silêncio
um cadeado:

Meu cérebro


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Duendes em solo alheio

Florestas de bronze
espalham-se em tiras de madeira
na confusão amena
das libélulas.
Nas asas flutuantes
e acesas,
a liberdade tinge
de mel as idades.
E os meninos alados
fingem que a fome
é um sonho


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Preenchendo Lacunas

No ôco das têmporas
eu realizo maratonas
e recebo flâmulas
de paz!

O juízo perfeito
não é uma dádiva,
mas um fardo!

Talvez o pior deles!
Num mundo hostil,
maltratado e
vazio



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Profundezas

Em meio ao verde
submarino,
eu mergulho.

Um frio azedo
penetra minha carne.

Olhos de sabre
lançam farpas
de breu.

Lanternas azuis
tingem de marinho
as ostras.

Deito-me na passarela
de areia,
fria e secreta
no silêncio obscuro
do mundo abissal


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Descoberta

Comprei espelhos
nos lagos narcisistas
de minha vaidade.

E na clareza da água
além de meu rosto,
vi também
minha vergonha.

Percebi então,
que a beleza e a vaidade
são escravas de um tempo
mesquinho,
onde existir
é somente o passaporte
para
co-existir
e ser feliz

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BY LU CAVICHIOLI
inverno de 2004

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Boreal (almas no hemisfério alado)


Um dia sonhei que fazia parte da eternidade e que flutuava como purpurina em fogo-fátuo, mas logo despertei olhando direto pra janela. De repente sentei-me na cama atordoadamente maravilhada. O perfume do violeta invadia as cortinas, que loucas, manchavam-se de vinho, e toda energia do universo adentrava meu quarto pintando as paredes de constelações.

Andrômeda, Orion , Aquarius, Ursa Maior embalando a menor, todas vestidas de luz em seu berço/galáxia.

Quando dei por mim, percebi que as tinha absorvido, e meus poros refletiam a magnitude da Estrela Alfa.

Seria eu parte da constelação ou ela parte de mim?
Fechei os olhos e tudo voltou ao normal, exceto meu corpo, que jazia hirto nos lençóis, enquanto minha essência soltava-se em noturnos ventos.

Coleção: Para ler e sonhar
Lu Cavichioli

26/02/06

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Saiu o resultado da Alquimia Poética

Vejam bem meus queridos colegas, eu insisto numa coisa que já deu tudo que tiha que dar, mas eu insisto e nesse vai e vem de tantas tentativas (todas frustradas, mas nem tanto), resolvi inventar a Alquimia Poética com temperinhos e sabores transformando poema em prosa no mesmo ritmo da essência do poema. Será que eu consegui? ahuahuahuhauhuahah...

Mas peraí, nessa mega operação eu consegui recrutar dois soldados. Ou seriam heróis: Ah nem sei mais.
Na verdade eu recebi dois textos e foram 18 dias de longa espera e patati e patatá. Mas recebi. Ahhh que bom, pelo menos isso. Senão eu arrumaria as malas, trancaria a porta do Escritos apagando as luzes da ribalta. Mas tudo bem, estou aqui ainda... hellowwww

Os textos recebidos já foram lidos e relidos e por conseguinte, analisados. E cheguei a uma conclusão. Tchan tchan tcham tchaaaammmmm!!!!!!

Os dois heróis levam o prêmio. Gostaram?
Um dos textos veio bem a contento porque conservou a idéia central do poema. O outro, foi de uma criatividade ímpar e com toques peculiares e hilários daquele bom humor que lhe cabe(sr. autor).
E como aqui quem manda sou eu, os dois abocanharam o premio.

Queiram por gentileza escrever para leregostar@gmail.com - enviando seu endereço postal para receberem a prenda - um exemplar da minha coletânea poética RE(CANTOS)DE MIM.

AQUI VAI MEU POEMA SOMENTE PRA CONSTAR A IDÉIA DA ALQUIMIA

Quando o Camaleão tem Fome

Na alegoria das cores
ouso trocar minha roupa,
dançando sobre
metarmofoses do mimetismo.

No país das árvores
filhas do pau-brasil,
insetos fossilizados
não bastam...

Línguas continuam
vazias....

Barrigas órfãs!


VENCEDORES E SEUS TEXTOS RESPECTIVAMENTE:

GRAÇA LACERDA




Re(solução)

Parte I

É preciso dançar e bailar...rodopiar na ponta dospés...É preciso andar nas nuvens, cantarcom as crianças, nadar em mares bravios, lançar mão de sonhos antigos,reconsiderar amores perdidos, jogarfora correntes... pra que o discurso nãofique vazio, e a fome não seja imperativa, e osventres famintos possam deixar a orfandade e encontrar seu verdadeiro destino...e que encontremnovamente a eterna magia de Amar !

É necessário (eurgente!) pudor! é hora de realizar aquilo que para o crente pertence ao mundoda esperada alegria... e da extinta esperança! Da leal amizade e da gentil fraternidade!

Camaleão amigo, alma de escol que tu és, troca tuas fraldas decriança pelas vestes e armaduras doalpinista! Muda suavemente tuas vestes e (re)veste-te de ouro agora, e por todo o sempre... pois a alquimia já foiconvocada a participar desta festa – régia e majestosa – na redenção escatológica do ReinoHumano! Modifica saberes e óticas, reintegraainda uma vez os átomos, que antes de tudo alquimia é Arte. Completa. E realizada a obra, misturaos ingredientes mais nobres. Dignamente. Na solução perfeita!

...Há que se ter apenas coragem e fibra para nortear e empreender o perigosocaminho !...


Parte II

Na teia desta floresta, carregada de paus-brasis, alquimia emimetismo se misturam, sutis...e se fundem, mãos dadas, lado a lado, namissão etérea de dar do que comer ao último dos Camaleões. Faminto. Apenas e tão-somente do último dos ingredientes...cognome Amor.

by Graça Lacerda
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R.R. BARCELLOS

O DIA DA CAÇA

- O Lacerdão merece o apelido! Parece um lagarto gordo caçando mariposas... - exclamou Basílio.

- Não entendi a ligação - retrucou a Lourinha.

"Outra que merece o apelido... Lourinha..." - pensou Basílio. Mas explicou com paciência:

- "Lacerda" é o nome científico de lagartos, calangos, lagartixas... e o Lacerdão lembra esses bichos, quando troca de roupa depois do expediente e parte para a azaração na Cinelândia, na Lapa ou no baixo Leblon. Você pode até adivinhar em qual desse três lugares ele vai... pelo blazer que ele veste. Tem até um double-face pra mudar de visual conforme a ocasião.

E o Lacerdão era mesmo um boêmio da pesada. Batido o ponto, ao final do dia, tomava um banho no único chuveiro do banheiro dos funcionários, vestia-se a caráter e ia jantar e prosear com os amigos no boteco do Jabour, remanchando até que o dono baixasse ruidosamente uma das duas portas corrugadas, indicando que era hora de fechar. E lá se ia o nosso herói, em busca das mariposas que abundavam em seus campos de caça.

Tinha saliva, o moço. Conseguia descontos nas tarifas do sexo fácil, e conhecia os porteiros dos hoteizinhos de alta rotatividade onde abatia as "vítimas" capturadas. E no dia seguinte era o primeiro freguês do Jabour, onde a média e o pão com manteiga do desjejum forravam-lhe o estômago, antes da inevitável narrativa de suas conquistas amorosas da noite - exagerando nos detalhes picantes. Ô língua comprida!

Mas uma certa manhã, o Lacerdão voltou da noite mais cedo. Esperou por meia hora até que o Jabour abrisse o "estabelecimento". Macambúzio, mordiscou seu pão com manteiga, bebericou sua média e permaneceu num silêncio soturno e desalentado, até que o Jabour, preocupado, o interpelou:

- Cumequié, mano véio... e a noite, como foi?

- Ah, Jabá... que vergonha! Eu achava que soubesse de tudo sobre mulheres... até que conheci a Deca! Linda, jovem, papo cabeça... tava tudo indo bem, até chegar a hora H, no quarto... E foi só então que eu fiquei sabendo!

- Sabendo o que, homem?

- Ela não era mariposa coisa nenhuma... era um tremendo bicho-pau!

E concluiu, desgostoso:

- É... essa foi de engasgar...

by RR. Barcellos

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Bons Tempos...

Depois da excelente postagem sobre A Vergonha Alheia lá no blog da
Milene Lima
resolvi postar um vídeo cuja citação deixei lá no meu comentário.
Esse vídeo nos enche de orgulho e saudade dos velhos e bons tempos em que havia poesia e glamour.

Aproveitem!
Tereza da Praia
by Bily Blanc e Tom Jobin
nas vozes inesquecíveis de Dick Farney e Lucio Alves


segunda-feira, 13 de junho de 2011

Corpo de Pedra em Alma (para uma estátua)

Um dia cismei de escrever para uma estátua... Doidivanas como sou em termos literários ousei fazer um poema para a ditacuja.

Alguns de meus amigos poetas já conhecem, mas há outros que nunca leram,. por isso faço essa blogada hoje. Em homenagem à estátua e a meus amigos.


E se ela acordar?
Devemos nos esconder
Sob olhares malévolos dos
Relâmpagos zombeteiros?

E se acordar de fato
E o mundo ficar lilás
E as nuvens laminais
Abrirem seus olhos
Molhando a terrra?

Se por sorte
A deusa acordar
O Olimpo
Será cinzas

As meretrizes, donzelas!

by Lu Cavichioli