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domingo, 31 de outubro de 2010

Cada País tem o presidente que merece...




portanto, vamos ao luto!
No Palanque dos horrores, o discurso enganado e enganoso de Dona Dilma Rousseff

sábado, 30 de outubro de 2010

Revirando o baú da memória



... Outros fragmentos(...)Meus!

A gaúcha era desenhista e ilustrava minhas histórias. Éramos as melhores, nós 4. Eu, Jane, a Gracinha e a Gaúcha. Bons tempos aquele de colégio.
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Meu pai sempre trazia da feira uns chocolates recheados de geléia, eu os devorava. A Cibele não tocava neles, só olhava. Coitada, era super estressada, culpa da mãe.
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A casa era mal assombrada, ouvíamos risadas e minha cachorra via coisas... e eu me arrepiava de vez em quando. Mas eu gostava de lá, porque ali eu vivi o melhor da minha vida, meus 20 anos. Minha mãe era jovem e forte como sempre foi. Eu ouvia música no carro do meu pai enquanto ele almoçava.
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Naquela noite eu me senti a própria Cinderela. Vestida de azul, fui a um baile de 15 anos. Fui com o Cuca, um chatinho que não largava do meu pé.

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Meus primos iam crescendo, meus avós envelhecendo. Até que meu tio comprou um sobradão, que lindo! Duas salas, 3 dormitórios, 4 banheiros. Eu não saía de lá, adorava aquela casa. Eu já era noiva do meu marido e cursava psicologia, mas era imatura, vivia no mundo dos sonhos .Mas eu gostava, pra que sair dele? Era tão cômodo.

Eu era jovem!

By Lu C.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Fragmentos da minha memória




Estava super frio em Poços de Caldas, no hotel não havia cobertor suficiente para eu e meus pais. Lembro-me que dormimos todos na mesma cama. Pela manhã aluguei uma bicicleta e fui andar pela praça e comer doce de leite.
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Nos dias que se seguiam, ouvíamos os gritos, eu e minha mãe. A velha surrava a neta na casa ao lado. O aroma do café coado na hora se espalhava, e eu escrevia sentada na cozinha simples, mas que eu amava. Minha cachorrinha sempre fiel perto de mim, a espera de um bocado de alguma guloseima.
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Quando eu ouvia o tilintar do sininho eu corria, escondendo-me porque já sabia que logo iria ter que tomar aquele copo duplo de leite de cabra que minha mãe tanto achava necessário. Parava na minha porta e logo se ouvia aquele MMMMMMÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉ sonoro que ecoava pela rua toda. Minha mãe fervia e refervia aquele leite e depois eu tinha que tomá-lo sem fazer caretas.
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Toda a tarde eu ia brincar de casinha com a Cristina. Fazíamos comidinha e alimentávamos as bonecas. Depois eu tomava a minha gemada com nescau e ficava tudo bem. Eu tinha uma coleção de pedrinhas que adorava, trocava com minhas amigas pelas que eu mais gostava. Eram cintilantes, brancas ou coloridas. Tinha uma que era rosa cheia de bolinhas douradas. Eu tinha um vidro de sal de fruta, com aquela tampa branca de plástico furada onde eu mamava minha limonada e groselha.

by lu cavichioli

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Manhãs (tempos de depressão)



Elas eram diferentes. Eram assustadoras... Sim, as manhãs! Ensolaradas ou não, assustavam-me.
Tenho a impressão disto porque elas traziam um novo dia. E nesse novo dia, eu teria que desempenhar papéis.
Nesse teatro, deixei cair algumas máscaras, ou elas não me servem mais, ou ainda meu rosto não as querem mais.
Onde estão as outras? As outras máscaras... Aquelas... As alegres? As perdi!
Correntes transparentes me prendem.

Toda manhã é igual. É difícil soltar-me, mas com algum esforço eu escapo, e sinto suas marcas o resto do dia. Algumas marcas são feridas que infeccionaram. E que doem muito, fazendo-me chorar.

O relógio faz seu bailado numeral e nem se importa comigo.
Meus ouvidos ouvem o que querem; minha boca diz o que quer; meus olhos vêem o que querem...
Já minha vida... Essa vai mal.
Arrasto-me pela casa e logo me canso.
Essa rotina cansada e de barbas grisalhas, com sorriso cínico, espia-me todos os dias, rindo-se pelas costas!

Coleção: Self

by Lu C.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Meus olhos acendem retinas



A praça estava solitária, escura e um tanto melancólica. O céu ainda trazia no semblante um resto de luz e as casas, resignadas, pareciam dormir na profundeza do silêncio.
Naquela noite eu resolvi sair da clausura, descobrindo o prazer de andar comigo mesma e contemplar a nitidez da alma, que liberta, canta em paz.
A lua invejosa, logo abriu seus olhos e dançou na penumbra das vielas atingindo meu rastro.
Olhei ao redor de mim mesma e desenhei sombras naquele céu nu de estrelas e grávido de minhas ( tantas)histórias.

Campos do Jordão - São Paulo
Inverno de 2009

by Lu Cavichioli

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Sou uma mulher a antiga - um bate papo - trocando idéias




Quem lê o título pensa que sou matusalém rsrsrs.... Mas ainda estou longe de ser e nem sei se chego lá.
Gosto muito de cuidar da casa e cresci vendo esse amor pelas coisas da casa com minha mãe e avó. Cada uma a seu modo e eu, claro super diferente das duas. Mesmo porque sou de outra geração.
Mas a organização, limpeza e frufrus é comigo mesmo!

Por outro lado, o serviço doméstico é ingrato e fiel. Explico por que:
Ingrato porque todos os dias fazemos igualmente todas as coisas e ninguém presta atenção nisso. Sempre está tudo arrumadinho, limpo, organizado e o pessoal acostuma né? Agora, vamos combinar... Se há bagunça todo mundo vê, repara e reclama. Tá explicado o INGRATO?

Fiel porque é o único serviço que fica te esperando até que você faça. Kkkkkkkkk já reparou nisso?
Mas gente, cuidar da casa é muito gostoso, porque há um pouco de você em tudo. E isso é intransferível.

De repente a mulher resolveu sair de casa e trabalhar fora (nada contra) eu também trabalho. Mas que isso criou acúmulos de atividades para nós mulheres, ah lá isso criou.

Hoje, a mulher tem problemas que nossas avós e bisavós não tinham. Por exemplo: Enfarto e outros bichos. Mas essa é outra história.

E pra concluir, não desmerecendo os homens, a jornada feminina é dura!
Mas a gente agüenta!

by Lu C

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Talvez...




... Os Escritos na Memória fiquem só na memória mesmo...
E a porta do inconsciente se feche.