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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Doar Memórias






De todas as memórias em forma de lembranças que tive, escolhi algumas pra adoçar minha vida e meu dia, ou quem sabe minha noite...





*Meu casamento

*Nascimento da minha filha

*Ter conhecido a mulher que foi minha avó

*Ser filha de um pai generoso e cheio de bons conselhos

*Publicar meu primeiro livro

*Contribuir com a saúde e a beleza de dentro pra fora

* Afetos que guardo em meu cuore

*Meu bebê amarelo

... por hoje chega... eu to meio down




terça-feira, 30 de outubro de 2012

Vale a repostagem

Como eu não consegui escrever mais nada sobre Halloween até agora, a dona abóbora marota pediu pra eu trazer o texto de travessuras.

Compartilhar é sempre bom, mesmo que seja em replay!


Ouro de Tolo


A sala estava (por enquanto) em total penumbra. Só as luzes da rua ousavam olhar através do linho (verde-musgo) encorpado presente na janela. E por isso, conferia ao ambiente certo marasmo lúgubre (ousado ou amaldiçoado)? Nem sei...

O jogo de sofá, dormia em um canto , emoldurado pela textura ,cor de avelã . No lado leste da sala, achava-se acanhada, uma mesa de jantar sextavada que era abraçada por cadeiras imóveis.

Um tapete persa, um tanto rugoso olhava uma pequena chama tremeluzente que vinha da janela oposta à luz da rua. Era dourada , abstrata na refração um tanto cínica para uma noite comum. (Mas não era uma noite comum)!

O vento começava seu bailado, e a leveza do voil transparecia uma face (retorcida)?!
Era ouro mesmo? Louca presunção da noite preta.

Sorriso amarelo na janela. Boca recortada, dentes afi(n)ados.
Olhos velados (chamuscados).
Nariz triangular na face marota.
Ela – abóbora
Noite de travessuras!

*texto escrito po ocasião de um exercício literário proposto pelo Empório do Café Literário.

by Lu Cavichioli






sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Interpretação de Texto - Por Graça Lacerda


Amigos do Escritos, por estes dias recebi este presente da minha queridíssima amiga Gracinha Lacerda.
Ela simplesmente, com toda sua cultura e delicadeza (para comigo), formulou questões minuciosas para que o texto abaixo, fosse interpretato por seus alunos.

Querida amiga, não houve palavras para tal ato, só reconhecimento , alegria e orgulho (sem arrogâncias) - e que só fez deixa esta que vos fala , MUITO lisonjeada .
Obrigada











Alguém se habilita a responder? Tem que quebrar a cabeça, viu gente... Porque nem eu mesma, autora do texto, consegui ainda. rs





BAÚ VAZIO
Talvez na outra linha


Não tenho mais verbos, nem adjetivos, nem pronomes. Nem advérbios, nem preposições.

As orações ficaram todas insubordinadas e os substantivos indecentes.

Comecei a gritar pelas frases feitas, mas elas não vieram porque sabem que eu não as suporto. Nem mesmo para substituir elas servem.

Clichês e chavões pairavam sobre minha pobre cabeça poética, desarrumada e (talvez) vazia.

Decidi que o ponto final seria meu conselheiro e os dois pontos concordaram:

.

By Lu Cavichioli

*****

Amiga,


Conforme havia prometido, eis a minha promessa cumprida...




INTERPRETAÇÃO DE (seu belo) TEXTO:



Alunos: 9º Ano do Ensino Fundamental e 1º a 3º Anos do Ensino Médio
Escola: Estadual Presidente Bernardes
Professoras:Denise Goulart, Marília Silva, Goretti Oliveira e Graça Lacerda

QUESTÕES


1. A autora Lu Cavichioli (SP) trata, com muito brilho e propriedade, de uma parte da Gramática Normativa da Língua Portuguesa. Que parte da gramática inspirou a autora, nesse texto? ______________________________________________


2. Utilizando-se de dois prefixos comuns - indicadores de antonímia - (figura que estabelece uma relação de sentido entre dois lexemas, ou seja, uma relação semântica de oposição), Lu Cavichioli reflete seu grito de vazio utilizando-se criativamente de dois adjetivos. Essas duas palavras são:


a)_________________________

b)_________________________

3. Com muita sutileza, há no texto indícios de que a autora pertence à restrita classe daqueles que possuem "classe", estilo, grandiloquencia. Que frase revela esta afirmação?__________________________________________________


4. Abstendo-se de valer de obviedades e das coisas corriqueiras da língua, o poeta vale-se de sua criatividade para escrever seus poemas. É sabido que o jogo de palavras e pensamentos configuram singularmente esse universo. Quais são as duas palavras usadas pela autora do texto para caracterizar o vazio, colocando sérios impedimentos à sua criatividade?


a)_________________________

b)_________________________

5. Lu Cavichioli fecha com maestria e originalidade seu poema. Encontre a figura de alegorias que isso representou para o fechamento do texto: _________________________________________________



*****

Sugestão de leitura e interpretação. Poderão ser acrescentadas outras questões.


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O Cajueiro, a Sinhazinha e o Novelo de Lã


* A quem interessar a Saga do Cajueiro encontra-se na íntegra na aba da Fábrica de Histórinhas

Epílogo



No último episódio eu deixei algumas incertezas pairando leve como quem nada quer... Devo repetir para que todos lembrem e façam seu julgamento final.

*Será que o Cajueiro vai dar conta de ficar só, perdoar e ser perdoado?

*Tenho dúvidas se Sinhazinha voltará de Lustron

* Deixo no ar a pergunta se o Novelo de Lã será para sempre borboleta
 









Descobri sobre o Cajueiro que ele deu conta de ficar só, mesmo porque sozinho se basta (não é difícil de perceber). Agora... Perdoar sei não... Sua copa é frondosa demais pra isso. Penso que ele entenda ser o melhor e o maior pé de caju da face da Terra. Contudo, foi perdoado, mas o “perdoador “ bateu asas e voou pra bem longe e dizem que desencanou de vez.
 
 
 

Sinhazinha deu o ar da graça, alugou um Zeppelin e voltou de Lustron numa viagem sem escalas diretamente para seu rancho onde mora o Cajueiro. Lá chegando, varreu as folhas mortas em volta do tronco saudoso e lavou toda a varanda colocando balanços e mimando lagartas comedoras de samambaias.
 
 

Quanto ao Novelo de Lã, que um dia foi borboleta, fechou-se em crisálidas a espera do ano vindouro, onde será somente um tecer de missivas.




Contaram-me que Cabralzinho, o jagunço, fez cirurgias homofóbicas e anda a espalhar rosas pelos caminhos. Agora sim ele poderá ser realmente feliz, embora sua capacidade craniana seja provida apenas de poucos neurônios parafusados com cola quente.
 
 

O Feiticeiro virou fogo fátuo para sempre e foi morar na Constelação da Estrela Vega.

 

Saudações e agradecimentos para quem acompanhou a saga do Cajueiro, da Sinhazinha e do Novelo de Lã - um trio que adora um baile de máscaras. Mas atenção: Cada um tem sua particularidade, que deixou marcas no “perdoador” imaginário, dono e senhor do cenário.

O Cajueiro deixa decepções

A Sinhazinha causa dúvidas

O Novelo de Lã coleciona arrogâncias

 

The End

By Lu Cavichioli 

*Ano vindouro, quem sabe... Novas aventuras!
 
FUI!
 
 


 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

No baú da primavera, encontrei...

... Boca no Trombone.

 O Escritos na Memória é um blog comportando e não é dado a estas coisas de berro aqui e berro ali, mas como em minha memória há gritos surdos - resolvi postar no Escritos... Por enquanto nanhuma batata assando - melhor assim!

Esse texto foi escrito na primavera de 2011 e acabei de achá-lo . Re(li) e percebi que ainda acontecem por aí os tais:


ESTRELISMOS




Sem querer fazer apologias ou pré-julgamentos ( a sério mesmo), a gente vai achando coisinhas aqui, acolá... Vai lendo, vai remexendo e montando quebra-cabeças e tal e coisa. E no meio disso tudo tem sempre nossa opinião. Aquela dita pessoal, intransferível e única na maioria das vezes. Sem contar os marias vão com as outras que gostam de variar, dar passinhos pra trás e politicar a boa vizinhança.

Esse parágrafo aí em cima, ousado e meio esquelético por falta de alguns sais minerais do tipo “eu causo” - “eu sou” - “eu fiz”  “eutcéteras”... Ilustra na totalidade minha indignação.

Eu falo e (escrevo) sobre o mundo da blogosfera em geral. Há muita, mas muita gente boa que cria blogs inteligentes, que trazem pesquisas, furos jornalísticos de categoria e que acrescentam mesa farta na miséria letreira e palavrória de alguns energúmenos  (até inteligentes), porém convencidos. Mil perdões pelo paradoxo (talvez temporal), cruzando linhas de tempo/espaço onde cérebro e “metacérebro” se encontram na louca trajetória em parir histórias - até que bem inteligentes e criativas... Mas como sempre cheias de orgulho próprio.

Todo mérito e crédito aos criadores e costureiros de frases. Nada contra e muito pelo contrário. Ando aplaudindo e sorvendo palavras ultimamente. Almoçando parágrafos e jantando sopa de letras  fantásticas que contam tantas histórias desse Brasil infinito em cultura e arte.

Oh... Mas quem está interessado em arte? POUCOS!

 Bom, mas até agora eu não discursei sobre estrelismos. Well, talvez nem precise, seria anarquia de minha parte. Contudo eu não posso deixar de percebê-los - (estão por aí).

 Sorry! Mas... Que eles existem, lá existem; E COMO!

Eu gosto mesmo é da interação entre os blogueiros. Sinceridade na lata como disse  certa vez um mago amigo meu (magoamigo). Mas tudo com certo limite, prudência, bom senso! E sabem que tenho encontrado? Good!

Entretanto, estrelismos continuam a manchar páginas.

 Mata borrão neles!

E pra não falar que nem pronunciei flores, resta-me apenas cantarolar, comer nectarinas e revolver a terra em busca de sementes que brilhem por si só. Posto que haja muitas em meu convívio, graças a Deus!

São Paulo, primavera - 2011

By Lu Cavichioli

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O Fantástico mundo de Lu Cavichioli



* Só um adendo: O título desta postagem não tem a pretensão de usar o adjetivo fantástico, como algo arrebatador e maravilhoso. Mas sim como algo ficcional e mágico dentro da minha realidade enquanto escritora ou "rabisqueira" que só faz sonhar e imaginar, criando fantasias.*


Buenas meus leitores, meus camaradas, amigos vindos de todas as estrelas e universos.
Eis-me aqui para contar um pouco sobre minha forma de fazer literatura e o quanto ela evoluiu desde então.

Eu costumo dizer que sou viajante da própria história e uma criatura que vive sonhando de olhos abertos. As vezes me pego escrevendo linhas perdidas que mais tarde serão costuradas com outras tantas que guardo em páginas amontoadas dentro de pastas que se acumulam com missivas, com recadinhos e lembretes e toda sorte de anotações. Depois dá um trabalhão danado separar o joio do trigo, mas eu gosto de fazer isso, é como uma terapia onde o terapeuta sou eu.

Não pensem que escrevo toda hora e a todo momento, acho que ninguém faz isso. Porém quando as palavras começam a jorrar atormentando-me numa torrente que não se pode conter, eu tenho que escrever, mesmo que seja sem nexo e que sejam somente palavras de mãos dadas - amigas ou companheiras de viagem , sabe-se lá. Deixo-as vir tão somente.

Há tempos que não construo poemas, os versos fugiram da minha pessoa. Atravessaram a ponte, levando consigo meu lirismo, meu romantismo, meu olhar sobre a natureza. Creio que os pássaros que cantavam dentro de mim estejam dormindo somente e que um dia, sem mais nem menos, voltarão a cantarolar.

A escrita corrida tem sido minha cúmplice ultimamente. São textos e mais textos em prosa que surgem de observações, anotações e olhares perpendiculares sobre tudo e todos.

Tenho folhas mil sobre sagas, personagens que invento e outros que redesenho conforme suas próprias  bocas, que sopram em meus ouvidos atentos e ávidos algum parágrafo que alinhavo a outro que era um pergaminho esquecido, e assim vou alinhando a silhueta de algo parecido com páginas enumeradas e costuradas abraçadas por uma capa protetora, colorida e batizada com um daqueles títulos bem à minha moda: OUSADO - ABSTRATO - ELEGANTE - DESAJUSTADO - FUTURISTA ... Colados aos "etecéteras" inerentes desta que vos fala.

Quem me acompanha já deve ter lido algumas séries (todas paradas no tempo), a espera de determinação para que possam fruir a espera do PONTO FINAL.

Alguém lembra de ODEON - O DRUÍDA? Então, esse conto está terminado , mas dentro dessa minha cabeça atormentada pelas letras, veio a idéia de tornar esse conto já definido como a última parte da saga de Odeon. Será lá isto possível? Nem sei.

Há também estacionada em frente a um letreiro luminoso dentro do meu cerebelo outra série que tem por título: UM SONHO EM PARIS - eu estava quase terminando, quando tudo cessou, parou de vez e nada mais foi escrito. Outro rebento na espera...

Enfim, aconteceu O CAJUEIRO, A SINHAZINHA E O NOVELO DE LÃ - que me parece,está rendendo.

Contudo amigos, continuo correndo por fora com o "Pequeno Diário de Primavera" que teve início em setembro de 2011 e que estou dando continuidade conforme posso ,logo ali no http://retratosemdegrade.blogspot.com.br

Na verdade não posso e nem consigo parar de escrever. Minhas células precisam deste oxigênio também.
Até breve.

Lu Cavichioli