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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Uma viagem sem regresso (miniconto)


 
 
Ela casou-se e foi morar em uma pequena cidade do interior. Sem mãe, sobraram-lhe somente os quatro irmãos, o pai e agora um marido. Pena que este marido não era seu príncipe encantado. Teve dois filhos – Ricardo e Luciano.
Uma mulher com três homens. Cuecas e camisas espalhadas e tábua do vaso sanitário levantada.
 Arroz com feijão no fogão!
Lágrimas escondidas  e cartas escritas secretamente.
Um dia, Deus tocou seu coração e Dele lhe falou. Depois desse divino encontro em dois anos a levou.

by Lu Cavichioli

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Série Minicontos - primeira mostra

Os minicontos são de uma sutileza incrível, e  neles deve existir sempre a concisão que lhe confere na totalidade um entendimento preciso daquilo que se quer contar.

Confesso ser nada fácil construir um desses, mas venho aprimorando o gênero - que gosto muito. Para tanto, tive uma idéia que compartilho com amigos e parceiros.

Os mincontos a seguir foram inspirados em blogs parceiros e nessa primeira mostra divido com vocês quatro deles.

Espero que gostem e desejo boa leitura e comentários frutíferos.




ARAUTO

 
 
 
 
Só havia estrada e céu. Alguém já experimentou esta sensação?
Ao longe, a luz era sombra e as palavras caíam sobre o papel desenhando partituras.
Gostava de jardins e por eles dançava Tchaikovsky ... Tinha asas , um segredo e colecionava violinos.
A boca era canora em mensagens que trazia dos bosques, e seu planeta tinha dois sóis:Um azul, o outro - rosado.
Tinha no rosto a pele grega de Afrodite e vestia-se como tal em noites de saraus. Seu silêncio era soprano lírico quando usava nanquim para compor árvores dóceis com gosto de canela e aniz estrelado.
As manhãs não cessavam de nascer somente para ouvir sua voz maviosamente poética.

 
Para Ana Bailune

Liberdade de Expressão



 
 
PALATIUM

 
 

Do poeta soubemos apenas as rimas. Nunca se viu a cor da face, só o contorno da poesia.
De longe, sete bailarinas rodopiam sobre vinte e um fragmentos entre rosas anônimas. Seria o fim do espetáculo? Ad extremun!
Bastaria somente um clique oriundo de mundos internos, no voo da esperança - terra firme,abençoada, que tremula verde a Esperança. 
O canto e o ramo entremeiam a vida e o palco. Clair de Lune tilintam colcheias na taça das plateias esféricas acordando na ilusão do sonho - as musas:
 A vero domini!
 
 Para RR Barcellos do blog



 NÁCAR







Das minas era uma gema e assim foi cultivada. A beleza, de tão rara, suprimiu outras joias. E foi preciso urdir macramês sem pausas ou mesmo silêncios para nascer o rosto translúcido da pérola - vidro irisado.
O elo, o voo, as asas eram apenas mera bebida caída dos céus e os homens e as coisas tornaram-se tarefas insípidas diante da majestade visionária - baú aberto achado em areias/cristais.
As folhas do oceano abriram-se em pétalas nacaradas, vindo à tona o tesouro mergulhado - feito Poseidon em fúria com tritões.

 

Para Graça
Lacerda Botões de Madrepérola"




MIRAGEM











Ela usava apenas um véu e banhava-se com calêndulas e erva-doce. Seus olhos ágeis eram como páginas revoltas em dias de tempestade. O ruído cosmopolita de sua respiração eram promessas de uma cumplicidade anelante - por ora. Não gostava de mentiras, só de sonhos e em cada símbolo onírico traçava labirintos. Seu voo era uma flecha incandescente no malabares da vida.
Gostava do silêncio e dos vultos aromáticos que saiam em espirais de uma xícara de chá.
Abria sempre as cortinas no por de sol para ver a exatidão da luz no limiar da translação.
Era como a graúna, embora fosse águia.
Para Marilene do blog  Visão Feminina

By Lu Cavichioli

*segunda mostra em andamento*

sábado, 25 de maio de 2013

A Borboleta Branca



Eu era um menino muito interessado nas coisas da natureza, e para minha felicidade, morava em uma ilha onde a fauna era rica e privilegiada. Considerava-me um protetor da ecologia, embora eu tivesse um grave defeito: - era colecionador de espécimes raros.


Calma, não pensem que colecionava tudo que aparecia. Eu amava as borboletas, e já tinha uma infinidade delas. De todas as cores, formas e tamanhos. Eu era tão egoísta que as matava. Como poderia então julgar-me um herói ecológico?

Minha loucura era tanta, que saía ao amanhecer. Com minha rede, boné e outros apetrechos de colecionador, pois  minha intenção era capturar a borboleta branca.

Ah, como era magnífica! Na ponta das asas possuía nervuras alaranjadas, e quando voava, parecia mais um pirilampo. Fui seguindo-a e conhecendo seus hábitos, descobrindo que só aparecia no entardecer, e para minha frustração, voava sobre o mar e as copas das árvores, que eram muito altas.

Uma tarde, munido de todas minhas armas  eu a seguia com os olhos, e por sorte, ela voava sobre uma araucária perto de casa.

Movido pelo ensejo e já com um plano em mente, peguei a escada que papai usava para consertar a antena de TV, e subi no telhado  segurando o binóculo, e na outra mão a rede. Não sei como consegui equilibrar-me. Enfim estava sobre o telhado.

Feliz ela voava despreocupada. Foi quando perdi o equilíbrio e caí sentado sobre as telhas, agarrando-me na antena de TV, meu coração a saltar pela boca.

Mas quando me dei conta  a borboleta branca havia voado para longe, e eu já não podia mais vê-la. Frustrado, desci a escada  cabisbaixo e com lágrimas nos olhos.

Eu não desistia tão fácil assim. Pensei... Pensei e resolvi me embrenhar na mata que rodeava o povoado. Assim foi.

No dia seguinte, quando o sol começava a se por, com mochila, saco de dormir e alguns víveres sem esquecer a rede, lanterna  e  binóculo, saí para minha jornada mais importante. Não voltaria sem ela, já estava resolvido.

Saí  primeiramente olhando para o mar, onde ela também costumava voar, e sem êxito, pus-me a caminho da mata.

Enquanto havia luz, eu olhava para cima, entre as copas das árvores, mas sempre sem sucesso. Finalmente escureceu. Eu deveria estar ficando louco...   se me perdesse? Todavia era tudo ou nada.

Parei para tomar uma sopa e fazer uma fogueira, e nada de borboleta. As horas iam se arrastando e tudo ficava sempre mais escuro. Até que entrei em meu saco de dormir, e fiquei a olhar para as estrelas. De repente surge minha deusa branca. Voava mais baixo, pelo simples fato da quietude noturna. Então, bem devagar me levantei, de rede na mão, lanterna  ligada – ZAPT!!!!! PEGUEI!!!!!!!!

Nossa, eu não acreditava! Delicadamente segurei suas asas e a iluminei, assim... bem de perto.

Como era linda!!  Pude observar as nervuras alaranjadas, e então abri o vidro que continha um algodão embebido em álcool, e quando ia colocá-la, parei , olhando como se debatia, e todo horror que sentia presa entre meus dedos. Fiquei envergonhado e percebi que a vida era muito mais importante que minha louca mania de colecionador.

Abri os dedos e ela voou, livre!

Sabem como isto se chama?

 

AMOR!!!!

 by Lu Cavichioli

 
 
 

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Lua de Outono - A Contemplação


O solarium exibia apenas feixes de luz e a escadaria era longa. Tão longa que meus olhos incapacitados, lacrimejaram. De sobressalto ouvi latidos e o bafo quente inundou minhas botas queimando-me as pernas.

Ao longe ouvi música. O som parecia de um piano magoado e solitário, certamente dedilhados por toques femininos, já que as notas musicais nasciam de pequenas e assustadas bailarinas.

Olhei ao redor e fatalmente descobri que estava de volta. De volta ao encontro de um pavor que eu nem sabia de que e nem por que.

Há trinta anos a propriedade estivera aos cuidados de meu velho pai, eremita e de barba cruel. Seus olhos continuavam expressando o vermelho do ouro colhido em alguma gema adormecida nas florestas inglesas, quiçá em penhascos irlandeses.

Meu pai era homem obcecado pela lua e suas crateras gotejantes de prata, que banhavam o cenário entre meses e marés.

Riachos distantes com vozes esquecidas atormentavam seu rosto petrificado pelo pranto esculpido em mármore na sala da morte. Das vozes esquecidas restavam apenas duas: a minha e a de meu irmão (já dilacerado pela boca da morte) movida por uma alcatéia sem líder.

Afastando esses pensamentos resolvi caminhar pelas alamedas envolvidas no frasco de todas as neblinas. Porém em certo momento acendeu fogo-fátuo à frente de meus pés. E pude ver na relva o líquido da vida derramado. Estava brilhando ainda, então eu o provei. Era adocicado e sensual despertando em mim a fera indomada. Meu grito ecoou através dos labirintos humano-animalescos do pecado original.

Fome e sede invadiram meu corpo e eu corri sem saber quem era e no ímpeto tresloucado do pavor estanquei ao ver no portal central da mansão meu velho pai. Ele tinha os cabelos desgrenhados e a barba crescida, branca já em quase toda sua totalidade.

Usava na ocasião uma calça cinza de um tecido grosso feito brim caiado e as botas lhe subiam até os joelhos. Camisa e colete cobriam-lhe o peito, protegido por um, sobretudo cor de chumbo, pesado, hostil e chicoteado pelo tempo conferindo-lhe o aspecto de um ser recém- saído  de algum espetáculo horripilante, ou de uma cripta arrombada por garras desgovernadas.

Meus olhos esbugalhados refletiam a imagem opaca do velho que vinha em minha direção com passos trôpegos e na boca trazia a vingança da indignação. E mesmo assim abraçou-me!

Eu sem fôlego e de braços caídos ao lado do corpo resvalei inquieto (talvez insano), naquele hálito ácido, carnívoro e pecador.

A noite veio e o fog cobriu meu rosto caindo em sono profundo.

Acordei maltrapilho e a febre dominava minhas entranhas e meu corpo hirto de lutas sangrentas transpirava horrores.

De tremor em tremor levaram-me ao velho novamente e (supostamente), fiquei entrevado entre lençóis prateados na apavorante luz do luar.

Então pedi a morte!
*
by Lu Cavichioli
outubro/2011
 
 

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Dona Mocinha (um causo)


 Dona Mocinha vivia lá pros cafundós onde Judas já tinha perdido tudo e só faltava o bigode... (mas ele tinha bigode?)

A talzinha era uma figura daquelas, bem folclóricas. Dessas saídas de um almanaque distribuído gratuitamente pela farmácia local no largo da matriz.



Seu maior atributo era a maquiagem que comprava na feirinha da beira de estrada  dias de fim de semana. Coisa pouca: batom, rouge, lápis preto e rímel daqueles bem fubangos , ah e  comprava também os compactos de sombra coloridas  e o pó de arroz pra mor de ficar mais bela do que já era.

Os vestidinhos de chita eram sempre muito floridos, mas pareciam mesmo toalhas de mesa . Fazer o que né... Ela gostava!

Toda tarde ficava horas na vitrine do peitoril de sua janela olhando os moçoilos que saíam das fábricas e lhes sorriam gentilmente apertando o passo quando passavam por ela. Mesmo porque, ela se debruçava, empunhando os peitos como pedúnculos em flor. Era nojento de ver.

Os cabra safados (os mais velhos),  os lobi(somens), a comiam com os olhos. Mas ela gostava mesmo era dos jovens e de alguns estrangeiros que às vezes por lá passavam em viagem.

Ela trabalhava na tecelagem da cidade e nas horas vagas se reunia com os poetas do cordel pra rabiscar e rebuscar palavreados.

Mas ela gostava mesmo era de galopar, e seu cavalo (tão participativo ele), que  fazia versos com ela.

Um belo dia ela ganhou um espelho e foi aí então que tudo mudou em sua vida porque ela nunca tinha visto aquele treco “praquelas”bandas.  Ela costumava refletir mesmo sua imagem nas panelas que Anastácia areava com sabão de babaçu.

Desde aquele dia, Dona Mocinha ficou mais vaidosa e sabem que ela se deu bem?

A cidade elegia nesse momento o novo prefeito. Solteirão, montado na grana (do povo, claro) carrão último tipo...

Era metido demais o sujeito,porém sua figura era bizarra. Vestia-se sempre como um arco-íris, quando a calça era amarela o paletó era roxo, a camisa lilás e a gravata alaranjada. Usava sempre um chapéu , que dizia ele era um panamá... ah, tá?

Os sapatos eram sempre   de verniz coloridos ou não, dependiam de como estava a cachola dele naquele dia.

Certa noite resolveu passear na praça e lá estava dona mocinha na janela distribuindo sorrisos e uma máscara de maquiagem que mais parecia um boneco de ventríloco. E num é que o prefeito ao vê-la caiu de amores?

E assim Dona Mocinha , que era um doce já meio passado na vitrine, virou sobremesa requintada na mesa do político.


... Coisas da vida!

by Lu Cavichioli
 
 

sábado, 11 de maio de 2013

Mãe ao quadrado



Eu e Ela



É lógico que eu não poderia deixar de lembrar da minha amada
avózinha que já se foi, mas sei que está num lugar muito melhor e que nossa imaginação nem pode alcançar e nem imaginar.

Minha querida, minha linda, eis-me aqui mais uma vez lembrando de ti. Homenageando-a porque foi MÃE pra mim quando precisei e disso nunca mais vou esquecer.

Tu foste embora, mas ficou em mim o amor que  aprendi contigo e que alcancei.

Este poema que segue é antigo, mas sempre novo (coisas da Lu)... E nasceu depois de um sonho que eu tive com ela após 3 meses de sua partida.




Corações, Marés e Flores

Eu a encontrei
num sonho

O céu de seus olhos
cobriu-me
de azul

Então...
deu-se o abraço

Fizemos dele
nossa eternidade

Pude afinal
desaguar o barco
da saudade
que já estava
à deriva

Sem vozes,
nem lágrimas...
só corações
num plasma etéreo

onde a neblina
é sol
e as flores
diamantes.



 


Ela e minha filha
 
 
 
 
Eu com Ela num desses reveillons da vida
 
 
Onde você estiver, não se esqueça de mim
sua neta e um pouco filha
Lucia Helena 
 


 





 


 

 

sábado, 4 de maio de 2013

Recordações de uma Menina de Tranças


 
 
 
 
AQUI ESTÁ MINHA VIDA


Esta areia tão clara com desenhos de andar
dedicados ao vento.
Aqui está minha voz,
esta concha vazia, sombra de som
curtindo seu próprio lamento
Aqui está minha dor,
este coral quebrado,
sobrevivendo ao seu patético momento.
Aqui está minha herança,
este mar solitário
que de um lado era amor e, de outro, esquecimento.
 
(Cecília Meireles)

             


 
Naquele dia eu havia ganhado um vestido azul de florzinhas e um sapato preto de verniz que foram meus companheiros na maior festa que minha infância presenciou.

A palavra ” quatrocentão” ecoava através das paredes de minha casa e toda aquela agitação fazia-me sonhar de olhos abertos, enquanto eu procurava decifrar o que esta palavra queria dizer.

Para minha alegria, uma de minhas irmãs levou-me ao centro da cidade para assistir a tal comemoração. O ano era 1954, o sol de janeiro anunciava um feriado e eu estava vestida com roupa de festa, afinal eu estava indo para um aniversário.

O viaduto do chá estava apinhado de filhos desvairados da paulicéia de Mário de Andrade. Do alto de meus 7 anos eu aplaudia os 400 anos de minha cidade. Para mim o mundo todo estava ali; em cada rosto, em cada sorriso. E o brilho do verniz que saía de meus sapatos refletia toda a felicidade em ser uma menina de tranças, princesa encantada no palco da história paulistana.


A comemoração era tão grande que já não cabia mais em terra, então eu olhei para o céu descobrindo a existência do milagre. Porque das nuvens caíam flocos, pequenas fatias brilhantes que saltavam no para quedas da mais fina prata. Pois as calçadas, os automóveis, as pessoas, os parques e todo o resto cobriram-se de chuva... Da chuva de prata que dos céus caía.


 By Lu Cavichioli
 
*texto dedicado para  tia Disa que presenciou o acontecimento*
 

EU MAIS ELA



 

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Fábrica de Histórinhas

Sabe, deu vontade de contar como surgiu a Fábrica de Histórinhas.




Um dia eu achei em meus cadernos ,onde anoto palavras e frases que me vem à cabeça, um título inusitado . Lembrei que há algum tempo eu o havia escrito, mas desenvolver estava difícil.
Eis o próprio:


Romeu e Julieta na Terra do Nunca


Olhei, li, re(li) e pensei: "Caraca, esse título está aqui um tempão e eu até rabisquei algumas linhas.... Mas agora vou dar um talento nessa história."

E assim foi. Daí eu não parei mais, porque é muito divertido misturar personagens, inventar outros e inserir no texto. Criar atmosferas diferentes com gostinho das já conhecidas e tal.

Depoi escrevi sobre as princesas e até a Chapéuzinho vermelho entrou na dança.
O conteúdo das histórinhas é avesso e hilário ao que já se conhece e isso torna a "coisa" interessante.

Dia desses, borboletas reviraram meu estômago e eu criei a saga: A Sinhazinha, o Cajueiro e o Novelo de Lã.  Essa histórinha é bem surreal, bem ao meu estilo - coisas de Lu... rs. Mas querem saber?
Eu gosto demais dessa saga porque as personagens se misturam, se transformam e se envolvem . Justamente porque uma depende da outra pra existir.
Pra quem gosta de ler e sonhar indo além do além, essa histórinha vale a pena.

Pra quem me conhece sabe que estou aberta a críticas também, porque elogios todo mundo gosta e diz amém, Mas as críticas precisam existir(desde que feitas com respeito e critérios), porque faz a gente crescer, aprender com o outro e até estender minhas idéias.

Comentem da maneira que acharem por bem!

Obrigada a todos que perdem um pouquinho do seu tempo lendo a Fábrica de Histórinhas.
Quem quiser curtir, acesse a página ao lado, logo aqui na side bar.

Valeu!

Lu C.