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terça-feira, 31 de maio de 2011

Alquimia poética: DESAFIO

Amigos e seguidores do Escritos na Memória, venho trazer uma proposta com direito a premio.
Vou abrir aqui uma espécie de Maratona, mas não precisam correr, façam a coisa devagar, pensando, ajustando, martelando,deletando, rascunhando e andos mais por aí.
O negócio é o seguinte:
Veou postar um poema de minha autoria e aqueles que quiserem participar do desafio, devem transformar o poema em prosa poética.
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PEQUENAS REGRINHAS:
O título pode ser mudado ou não, depende da vontade de cada um - desde que mantenham a essência.
Não há limites para o número de linhas.
Escolham uma imagem adequada
Deve-se obedecer somente a idéia central do poema e assim desenvolver a prosa.
Se puderem, evitem usar palavras e imagens do poema. Recriem-no apenas, vestindo os versos de linhas poéticas em prosa.
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Avisem aqui na janela de comentários se desejam participar do desafio.
O recebimento começa hoje, abrindo o mes de junho e vai até dia 18/06/2011 à zero hora.
Enviem a prosa/desafio para: leregostar@gmail.com

Após essa data, vou ler e analisar com atenção e muito carinho, e aquela prosa que trouxer nas entranhas a idéia central do meu poema ganha um exemplar de minha coletânea poética + uma coletânea de contos de autores variados em que eu participo com um conto.
Fechado?
Dúvidas na janela de comentários do blog
Avisem seus amigos.

BOA SORTE E OBRIGADA!
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O POEMA EM QUESTÃO:


Quando o Camaleão tem Fome

Na alegoria das cores
ouso trocar minha roupa,
dançando sobre
metarmofoses do mimetismo.

No país das árvores
filhas do pau-brasil,
insetos fossilizados
não bastam...

Línguas continuam
vazias....

Barrigas órfãs!
*todos os direitos reservados



by Lu Cavichioli

domingo, 29 de maio de 2011

Reorganizando a Máfia - os seguidores de Narciso


Após algum tempo escondido em uma ilha do Pacífico Sul, Narciso dos Lagos da Vaidade reaparece “mostrando” a cara em foto preto e branca publicada em jornal local por um paparazzi que viajava a paisana por recanto desconhecido.

Narciso era levado em “cadeira” de duas rodas e um guidão por seus dois homens de confiança. Um era totalmente humano. O outro parecia uma assombração imaginária criada por sua mente vaidosa, pois este só aparecia quando estritamente necessário, assumindo sua própria personalidade.

A intenção de Narciso dos Lagos era voltar pra casa e reorganizar seu bando de seguidores tão cínicos quanto ele. Para tanto, ele fez uso da web enviando mensagens para o grupo que estava disperso, sem rumo e sem piloto.

A INTERPOL foi avisada de sua chegada ao Brasil, país sede de suas crônicas, contos e mini-contos - todos encharcados de convencimento. Se não me falha a memória, para ser mais preciso, a casa/sede está fixada em Santa Tereza, ou seria Petrópolis?

A Tropa de Elite já foi mobilizada e a oposição está de orelhas em pé.
A máfia está (nova) mente em formação.org
Os mortais que se cuidem, (embora eu creia que nada será como antes).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Há muito tempo...
Em algum planeta distante em alguma galáxia esquecida... Ouviu-se através das estrelas
um texto boca no trombone em tempos paleozóicos (quem viveu viu e quem nasceu agora nunca verá, pois foi extinto).

Morte e Vida sobre caluniadores e difamadores elitizados entregues ao teatro da WEB e que armavam cenas no desvario de suas vaidades . Algumas hilárias e cínicas outras tristes e infelizes. Mas todas causadoras de males,(suponho).
Literatos e primeiras-damas das letras em teatro vazio e máscaras jogadas ao vento.

Desculpem pela escrita hieroglífica, mas precisa ser assim. Mas, contudo, todavia e porém, de nada adiantou , porque os chamados do mestre foram inúteis e o panelaço fumegante distribuiu-se em panelinhas de presunção, convencimento, perfídia e toda sorte de luxúrias perfiladas em universo internético.

Obrigada pela leitura dinâmica e talvez cheia de interrogações. Mas a literatura é assim mesmo, especialmente a minha que deixa marcas no subtexto para bom entendedor.

Abraços

By Lu Cavichioli

domingo, 22 de maio de 2011

Meme da Lu: 100 coisas sobre você!



Eu já fiz o meu. Se quiserem, seguir a sequência, tipo nome, idade, cidade etc... fiquem a vontade. Senão, mandem bala do jeito que quiserem. Vai ser legal saber mais a respeito de vocês.
Me avisem quando postarem pra eu ir correndo ler rsrs...
Eu já fiz o meu, agora é com vocês, mas tem que ter 100 ítens MESMO!

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Se quiserem fazer a gentileza de colocar meu link avisando o povo que o Meme veio do Escritos na Memória, eu agradeço! Espalhem, vai ser divertido.

Abraços
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Meme da Lu

1-Lucia Helena
2-apelido: Lise, mas o pessoal me chama por Lu
3-idade - já fiz 40
4-nasci em novembro
5- poeta
6 escritora
7- adoro cozinhar
8-trabalho na área de estética
9-sou paulistana
10-mãe de uma gata que é artista plástica
11-meu sonho é morar em frente ao mar
12-tenho uma calopsita
13-ganhei meu primeiro carro aos 18 anos
14-sou escorpiniana
15-ciumenta
16-impulsiva
17-sincera
18-boca no trombone
19-amiga de verdade
20-sou secretária/estenógrafa
21- sou baixinha
22-em 2004 fui editora de culinária
23-não como se não tiver salada
24-detesto lavar louça
25-odeio passar roupa
26-detesto malhar
27 1.58 de altura
28-sou tiete do Richard Gere
29-amo o frio
30-sou blogueira de carteirinha
31-fanática por chocolate
32 -minha avó é meu exemplo de mulher
33-adoro pipoca com manteiga
34-tenho pavor de baratas
35-adoro filmes de terror e suspense
36-tenho coleção de sapato social
37-adoro usar chapéu
38-fanática por sol com toda proteção possível
39-amo receber meus amigos para um jantar informal
40-adoro cafeterias
41-evito frituras
42-não tomo refrigerante
43-sou fanática por queijos
44- Romântica até a ponta do pé
45 - nostálgica sentimental e chorona
46-temperamental a ponto de perder a calma
47-impaciente
48-tenho uma coletânea poética publicada
49-participo de saraus
50-tenho 7 sobrinhos postiços
51-detesto futebol
52 -não suporto hipocrisia
53-gosto de aventuras
54- adoro morar em lugares altos
55- sonhadora e viajante do tempo
56-dorminhoca
57 -cor preferida: azul
58-fruta favorita: morangos
59-gosto de um bom vinho e meu marido ao lado
60-não fico por muito tempo sem minha família e minha calopsita
61-adoro usar preto com azul
62-detesto gatos
63-não suporto cigarro
64-tenho rinite alérgica
65-adoro comer peixes
66-acredito em disco voador
67-não falo com homens machistas
68-tenho 52kg
69-adoro pão com manteiga na chapa
70não bebo leite de vaca
71-gosto da casa cheia de flores
72 -corro de gente chata
73- aos 17 anos quase fugi de casa porque meus pais resolveram devolver minha cadelinha
74-comecei a dirigir com 14 anos
75- no colégio, eu era da turma do fundão
76-eu fui ratinha de praia
79 –sou saudosista
80- meu primeiro emprego foi de instrumentadora com meu dentista
81- fazia hidroginástica 3 x por semana
82- eu cabulava as aulas de física e matemática no cursinho
83- adoro comer bala de goma
84 – sou filha única e queridinha do meu pai
85- a nora mais velha
86- gosto de manter meus cabelos compridos
89 –gosto de dormir com o barulho da chuva
90 – adoro meus pés
91 – gosto de tomar chá com bolo e reunir amigas
92 – tenho um estranho fascínio por Paris
93 – sou fissurada na série Star Trek e seus personagens
94 – gosto imenso de cafungar um cangote de nenezinho
95 – tenho uma filha, publiquei um livro e ainda preciso plantar uma árvore
96 – adoro passear entre jardins
97 – minha avó visitou-me em sonho (quase real) três meses após sua morte
98 – uso pouquíssimo sal na comida
99 – não tenho medo do escuro
100 – não gosto de maquiagem

by Lu Cavichioli

A ficha caiu mais um pouquinho e eu decidi indicar alguns blogs amigos em participação deste meme:

http://petalarrosadinha.blogspot.com/
http://em-prosa-e-verso.blogspot.com/
http://biografiadofogo.blogspot.com/
http://botoeseanjosmimos.blogspot.com
http://yasminelemosrn.blogspot.com/

terça-feira, 17 de maio de 2011

Sobre Cordéis e Encantamentos


Até onde consigo supor, a novelinha água com açúcar da Rede Globo está realmente abocanhando súditos e plebeus no horário vespertino.

Tenho a impressão (talvez (in)sensata), de que a emissora tenha finalmente acertado a mão na mistura do bolo, posto que personagens e enredo fermentaram a massa, temperando sagas e seus coronéis, chicoteando lampiões na porfia do cangaço e suas ditas justiças entre céus e terras. Aditivado com maestria brasões e barões assinalados da realeza e suas majestades.

Já fui noveleira, e das boas! Mas hoje, fiquei mais seletiva e para me contentar a história tem que ser pra lá de boa, mesmo porque também sou uma contadora de histórias. Por isso mesmo que esse texto foi se desenhando em minha frente, manchando uma inocente folha de papel, que mastiga minhas palavras para que ao final a digestão se faça sem azias.

Se fosse eu a contadora desta historinha açucarada que seria meio ácida, faria tudo ao inverso, fazendo da princesinha sertaneja uma engolidora da nobreza com toda pompa e ambição possíveis. E não essa coisinha triste que joga pela janela, vestidos e coroas, medalhas e impérios que galopam garbosos no passo do príncipe consorte.

Eu mostraria sim, seu lado ambicioso e, sobretudo sua ganância e o desenrolar profano da nobreza sobre o povo!
(até que seria interessante)

De resto, vemos fábulas e realidades no caldeirão das paixões, com muita água pra passar debaixo da ponte.

E como toda cidadezinha esquecida no mapa há um padre, um prefeito, um delegado, um doidivanas qualquer somados a personagens folclóricos e hilários que fazem a diferença diante do público, onde a criatividade deve destacar-se com doses de inteligência e bom humor. E isso, creio, eles fizeram.

Não há mais o que comentar. Deixo a cargo de meus leitores e amigos e, quem sabe isto se torne um debate novelesco e noveleiro.




Abraços
Lu Cavichioli

terça-feira, 3 de maio de 2011

Lua de Outono - a contemplação



O solarium exibia apenas feixes de luz e a escadaria era longa. Tão longa que meus olhos incapacitados, lacrimejaram. De sobressalto ouvi latidos e o bafo quente inundou minhas botas queimando-me as pernas.
Ao longe ouvi música. O som parecia de um piano magoado e solitário, certamente dedilhados por toques femininos, já que as notas musicais nasciam de pequenas e assustadas bailarinas.

Olhei ao redor e fatalmente descobri que estava de volta. De volta ao encontro de um pavor que eu nem sabia de que e nem por que.
Há trinta anos a propriedade estivera aos cuidados de meu velho pai, eremita e de barba cruel. Seus olhos continuavam expressando o vermelho do ouro colhido em alguma gema adormecida nas florestas inglesas, quiçá em penhascos irlandeses.
Meu pai era homem obcecado pela lua e suas crateras gotejantes de prata, que banhavam o cenário entre meses e marés.

Riachos distantes com vozes esquecidas atormentavam seu rosto petrificado pelo pranto esculpido em mármore na sala da morte. Das vozes esquecidas restavam apenas duas: a minha e a de meu irmão (já dilacerado pela boca da morte) movida por uma alcatéia sem líder.

Afastando esses pensamentos resolvi caminhar pelas alamedas envolvidas no frasco de todas as neblinas. Porém em certo momento acendeu fogo-fátuo à frente de meus pés. E pude ver na relva o líquido da vida derramado. Estava brilhando ainda, então eu o provei. Era adocicado e sensual despertando em mim a fera indomada. Meu grito ecoou através dos labirintos humano-animalescos do pecado original.
Fome e sede invadiram meu corpo e eu corri sem saber quem era e no ímpeto tresloucado do pavor estanquei ao ver no portal central da mansão meu velho pai. Ele tinha os cabelos desgrenhados e a barba crescida, branca já em quase toda sua totalidade.

Usava na ocasião uma calça cinza de um tecido grosso feito brim caiado e as botas lhe subiam até os joelhos. Camisa e colete cobriam-lhe o peito, protegido por um, sobretudo cor de chumbo, pesado, hostil e chicoteado pelo tempo conferindo-lhe o aspecto de um ser recém saído de algum espetáculo horripilante, ou de uma cripta arrombada por garras desgovernadas.

Meus olhos esbugalhados refletiam a imagem opaca do velho que vinha em minha direção com passos trôpegos e na boca trazia a vingança da indignação. E mesmo assim abraçou-me!
Eu sem fôlego e de braços caídos ao lado do corpo resvalei inquieto (talvez insano), naquele hálito ácido, carnívoro e pecador.

A noite veio e o fog cobriu meu rosto caindo em sono profundo.
Acordei maltrapilho e a febre dominava minhas entranhas e meu corpo hirto de lutas sangrentas transpirava horrores.

De tremor em tremor levaram-me ao velho novamente e (supostamente), fiquei entrevado sob lençóis prateados na apavorante luz do luar.
Então pedi a morte!

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*trecho alucinate que mostra uma faceta meio inconseqüente da escritora que assina:

um texto Lu Cavichioli