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sábado, 27 de julho de 2013

A Orígem de Sinhazinha - A Noite Lilás

Sinhazinha: personagem da saga do Cajueiro e do Novelo de Lã.
Quem acompanhou vai se lembrar, mas quem nunca leu sobre a história, é só clicar no ícone Fábrica de Histórinhas que está nas Páginas aí na sidebar.


A Noite Lilás de Lustron




 
 
Sinhazinha nasceu em Lustron, segundo planeta do Sistema Solar Vaga(Lume).
 
Na verdade, ela e sua família foram sobreviventes da hecatombe terrestre e, junto com outros embarcaram rumo ao planeta.
A viagem durou 5 meses terrestres e quando lá chegaram sua mãe já sentia as dores de parto, e ela escapuliu ali mesmo no Angar das Borboletas Solares.
 
Lustron era semelhante à Terra com atmosfera respirável e agradável. Porém o solo era arenoso e havia pouco verde no pequeno bosque onde fixaram residência. Contudo, o pai de Sinhazinha começou a cultivar plantas na água, fundando o Laboratório Estufa I.
 
Vaga(Lume) II era um planeta  ainda em  gênese de seu desenvolvimento. Haviam lagos de água potável que eram límpidos como o cristal. Um milagre, não acham?
E assim, esse grupo de sobreviventes foi povoando o planeta construindo colônias prósperas e que depois de algum tempo batizaram de Terra Verde.

Pela manhã o planeta era banhado por um sol rosado e ameno, quando anoitecia outro sol nascia no horizonte oposto, tornando a noite violeta. Imaginem uma noite violeta... Era outro milagre!

Assim os anos foram se passando e Sinhazinha tornou-se uma linda moça, pena que era obesa. Mas seus pais foram mais espertos e submeteram-na a uma dieta de tomates e folhas, embora a moça fosse mais carnívora do que se podia supor.
A carne  vinha de uma ave que sobrevoava os ceús violeta, onde a caça era ferramenta de sobrevivência.

O pássaro era enorme, colorido e muito saboroso e por sorte, havia muitos deles. Parecia que quanto mais eram caçados, mais deles apareciam. E esse mistério nunca foi desvendado.
Além dessa dieta, a mãe de Sinhazinha lhe contava histórias de um menino chamado Bombinha e que fora sobrevivente da hecatombe escondendo-se no subsolo de uma fábrica, mas essa é uma outra história e merecia um capítulo especial.
*(que vou contar depois)*

Sinhazinha tornou-se desde então moça de corpo esbelto, escultural e olhos verde mel.
 Vestia-se de rosa todos os dias e a noite cobria-se de lilás e no alto da cabeça onde tinha uma farta trança enrolada em coque, usava um diadema cristalizado e desconhecido que fora achado em seu quarto numa dessas noites esfumaçadas pelos dois satélites púrpuras que inundavam de vinho sua cama. Ela ficava horas admirando-os e seus pais de longe lembravam-se da prata que a lua trazia de presente em noites de verão. longínquas luas...

E todos esses atributos faziam da moça uma princesa da Nova Era.

Um dia, Sinhazinha resolveu andar pelo solo arenoso aque ficava no lado sombrio de Lustron. Seu pai a proibia de ir pra lá, pois conhecia os perigos escondidos nas rochas. Mas ela era impetuosa e renitente e achava divertido passear por aquelas bandas, já que ninguém  tivesse a coragem de lá pisar -salvo alguns curiosos desavisados que jamais retornaram.

O sol violeta estava nascendo e Sinhazinha o amava tanto que ficava sentada na escadinha em frente à sua casa para admirar toda sua beleza. Seus raios  variavam de cor conforme a madrugada ia chegando, e um degradê lilás ia enfeitando os céus e o solo.
Certa noite, seu pai lhe contou sobre o sol amarelo que aquecia a Terra, mas ela fazia caretas  e não tinha como imaginar outro sol que não fosse o rosa e/ou o violeta. Mas isso agora pouco importava porque sua meta era visitar as montanhas arenosas.

(...) continua



 


sexta-feira, 26 de julho de 2013

Bate Bola ou Ping Pong?

Tanto faz, né? Aqui vai uma brincadeirinha de cunho literário. Pra quem gosta, fique a vontade pra responder aqui mesmo na janela de comentários do blog, ok?





Minhas respostas!

1) Qual seu livro inesquecível?
_Incidente em Antares de Érico Veríssimo

2) Qual o trecho inesquecível pra você?
Qdo todos os caixões são colocados na porta do cemitério e os mortos insepultos começam a se levantar cumprimentando-se. (hilário).

3) Qual o livro que mais o perturbou?
O Morro dos Ventos Uivantes - Emily Brontë

4) Qual livro você gostaria de ter escrito?
A Rainha da Tempestade - de Marion Zimmerman

5) Que personagem gostaria de ter criado?
Jean-Baptiste Grenoille do livro o Perfume

6) Qual o maior livro da Literatura Brasileira?
O Guarani de José de Alencar

7) Qual o maior escritor da Literatura Brasileira?
Machado de Assis

8) Qual o livro que você mais relê?
 A Morte de D. J. em Paris - Roberto Drummond

9) Qual o livro mais superestimado que você conhece?
A Dama das Camélias - Alexandre Dumas Filho

10) Qual o livro mais subestimado?
A Revolução dos Bichos - George Orwell

11) Qual livro merece ser adaptado para o cinema
O Timoneiro da Escuridão - Marcelino Costa

12Qual livro foi adaptado ao cinema e que foi frustrante?
Dona Flor e seus dois maridos - Jorge Amado

13)Qual livro você daria de presente?
O Pequeno Príncipe - Antoine Exupéry

14)Qual livro você gostaria de ganhar
O Catador de Conchas de Rosamunde Pilcher

15)Que livro você procura e nunca conseguiu encontrar
A Casa do Anjo da Guarda - Condessa de Segur (acho que só em sebo)

16)Qual deve ser o maior mérito de um escritor?
Prender o leitor até o fim do livro.

17)Cite um grande livro de um grande autor
A Divina Comédia - Dante

18) Cite um livro pouco conhecido
Os Olhos de Lúcia - Arthur Japin




Obrigada
abraços e bom fim de semana

Lu C.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Meme, Tag...

... oi sei lá que nome mais tem esse treco, só sei que adoro participar!
Fui indicado pelo amigo querido Christin
do blog Escritos Lisérgicos





Regras: Completar todas as frases:


1) Sou muito... sincera e um tanto ciumenta

2- Não suporto... pessoas arrogantes

3-Eu nunca esqueci... o que minha avó fez por mim

4- Eu já... dei barraco no trânsito

5- Quando cirança... joguei meu lanche no chão do colégio e pisei nele

6- Nesse exato momento... acabei de comer uma barrinha de cereais

7- Eu morro de medo de... Perder meus entes queridos

8- Eu sempre gostei de...cozinhar, escrever, receber cartas, dar presentes, viajar, beijar, ouvir bossa nova, entre outras coisas
 
9- Se eu pudesse... voltaria pra faculdade

10- Fico feliz quando... consigo meus objetivos

11- Se pudesse voltar no tempo ... eu iria para os meus 20 anos

12- Adoro... minha filha, meus pais , meu marido e minha calopsita

13- Quero muito... poder publicar meu segundo livro

14- Eu preciso de... Deus em todo momento em minha vida

15- Não gosto de... comida fria, vento na cara,  filmes de guerra, de gente chata, de futebol, de frio, de velocidade... ai tanta coisa mais rs...
 
Repassar para 6 blogs
 
Vou citar apenas os nomes dos proprietários dos mesmos
Se quiserem usar a mesma imagem que eu pra ilustrar a blogada, usem e abusem
 
Graça Lacerda
Marilene Duarte
Chica
Patty
Ana Bailune
Jan

*fiquem a vontade para recusar*

beijos e obrigada!!

 

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Fragmento Pessoal

 
 

...Um tal mendigo coçava a ponta da orelha e observava faminto, namorados que saboreavam batatas fritas.
HOMENS TRABALHANDO: lia-se na tabuleta que impedia a passagem.
Um cãozinho ladrava insistentemente para um operário da Alpargatas, crianças gritavam na praça.
A virgem contemplava da janela inatingível de sua infinita esperança, aquele pintor nem moço nem velho, que todas as tardes sentava na relva e borrava suas telas com desenhos utópicos.


O poeta caminhava lentamente pelas alamedas de seu pensamento, e julgava que o mundo, algum dia, pudesse ser azul.
... As luzes da cidade brilhavam, leões urravam nos corações de algumas pessoas, e mulheres choravam a perda de seus maridos.
O padre Casemiro ausentou-se da missa, pois foi convidado a participar de um concurso de dança na discoteca da cidade.

...Ah, quem me dera ser um pássaro e voar nos teus abismos. Os muros da cidade estavam úmidos das lágrimas dos indigentes. O mar soluçava e derramava toda sua espuma arquejante nas insólitas areias frias e desconsoladas da praia deserta.

Os grandes olhos da serpente imaginária seguiam tudo. Poemas de verão dançavam no ar. A guerra gritava ao longe toda sua vontade de matar, e todo seu desespero.

Tia Anastácia continuava contando estórias da carochinha e o pomar anunciava  frutas coloridas e apetitosas
O pessoal da usina ansiava logo pela hora do almoço. O sítio do Sr. Ferreira estava alagado pela multidão de crianças perdidas.



As abelhas  como pincéis ao vento, rabiscavam a lua, inteira de fases.
Eu, sentado sobre o muro das épocas, sabia que tudo era somente uma questão de construção. Tijolinho por tijolinho, subindo panoramas, descortinando rostos, presos à janelas a ver twisters.
 
 
® Lu Cavichioli


segunda-feira, 15 de julho de 2013

Miniconto com roupa de festa

Gente, a blogosfera é magia pura, é interação, é o trocar de olhos que atravessa o visor do PC. É o carinho que transborda entre uma visita e outra; entre
 uma leitura e outra. E assim a gente vai empilhando tijolinhos no castelo da amizade.

Por estes dias escrevi mais três minicontos especiais e uma das homenageadas fez um mimo pra mim contendo o miniconto que fiz a ela. Vejam que lindo

Obrigada Elisa, você é uma querida !


 
 
 

Hecatombe


 
 
 
 
 


Os céus abriram-se  e  do

Silêncio ouviu-se lamentos

As súplicas desciam e uma voz

De muitas águas

Ordenava o fim de todas as coisas

Corpos macilentos, sem rostos

Exibiam trapos de pele

Sobre carcaças resignadas

Fizeram-se trevas!

Dragões estilhaçavam estrelas

O sangue lambeu a lua

E o mundo cristalizou

Topázio & rubi

Fundiram-se:

Jóia magmática

Fendas arenosas

Cobriam de pavor as cavernas humanas

E o fim abriu seus olhos

Desprezando “etecéteras”


Se tudo acabou- não sei

Se  eu morri não tenho certeza

Mas da ópera soprei

A última semibreve

 

(by Lu Cavichioli)

sábado, 13 de julho de 2013

Uma Imagem - 140 caracteres - 15ª Edição

Edição promovida pelo blog Escritos Lisérgicos


 
 
 
Femina

A vida de uma mulher é um esperar eterno. Talvez tenhamos nascido assim:
Coluna etérea com ombros de gigante!


quinta-feira, 11 de julho de 2013

Série Minicontos - 2ª mostra

Os mincontos a seguir foram inspirados em blogs parceiros . Para quem quiser ler 1ª mostra é só clicar no link
http://www.escritosnamemoria.blogspot.com.br/p/minicontos-especiais.html





Solstício & Remanso

 


Seu Olhar pairava sobre os ninhos e neles jã não haviam pássaros, só ilusões do voo reprimido. Talvez um lampejo de quem bebe o céu.
Adorava a luz e sua alvorada era como a vestal em dias de núpcias. A silhueta desenhava no vidro a expressão do brilho que prevalecia no labirinto interno de sua eterna candura.
O que fazer se cada partícula dourada era alimento?
E a sombra?
Esta, buscava papel de seda, embrenhando-se no esboço antigo das fotografias atemporais.

Para Vera Lúcia do blog
Recanto do Sol


 
 
 
 
 
Água de Frutas
 
 

 

Se não houvesse admiradores jamais saberíamos o sabor das sementes que herdaram os filhos das folhas.
O coral discreto do ocaso era revertido em beleza tropical, a mesma que contempla Baudelair onde o silêncio  de sua poesia inaugura taças decotadas, murmurando gotas suculentas que almejam borbulhas de ametistas e uvas.
Seu gesto é simples, porque a mímica de suas palavras chegam a ser pinturas na flor(essência) natural dos bosques. Os mesmos bosques adormecidos que fazem brotar o som e o sabor dos jasmins e calêndulas.
Elisa adormece, e a noite nada mais é do que uma estrada de damascos.

Para Elisa T. Campos do blog
Pintando Haikais


 
 
 
Páginas & Violinos
 
 
 
 
De início eram apenas eclipses num céu violeta. Pensava-se na possibilidade única de um dia sem noite.
Ouviam-se coros no horizonte e todos os silêncios eram cordas afinadas e não se sabia ao certo se era fragrância ou fadiga aquele movimento singular de mãos na solidão de uma partitura virgem
A página poderia ser retalho em patchwork se não fosse musseline, talvez chiffon... Ou apenas fina renda em bilros nos dedos do artista.
Nesse momento a pele da alma transpirava diamantes que escreviam quadras e tercetos na musicalidade inata do homem que renascia poeta.
Sua vida poderia ser vista no espelho dos sentidos que dizia:
Autor e Obra - Baú do tesouro!
 
Para Samuel Balbinot do blog
 
 
 
 

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Versinhos de última hora






Gosto da madrugada
porque ela perpetua o silêncio, e nele
ouço meus fantasmas
que insistem em me fustigar







Uma janela, um pensamento
Talvez um aceno
pra nunca mais







Há horas em que a chuva cai
e a noite fica mais longa
o sono foge e a lágrima rola


by Lu Cavichioli

segunda-feira, 8 de julho de 2013

12 Livros em 12 Meses

Amigos e Leitores do Escritos
 
 
Meu blog foi indicado pela Silvana Haddad do blog
(Obrigada Sil pela indicacão)
 
para participar
 
Regras
 
1)Divulgar no projeto 12 livros em 12 meses em seu blog e informar o link
 
 
 
2)Indicar neste post 12 livros que serão lidos indicando seus favoritos
 
 
3) Indicar o maior número possível de blogs para participar e avisá-los
 
 
 
 
 
1- Dália Azul - Nora Roberts
2- Rosa Negra - Nora Roberts
3- Lírio Vermelho - Nora Roberts (Leitura Atual)
4- O Perfume - Patrick Süskind
5- Os Olhos de Lúcia - Arthur Japin
6- Uma vida Interrompida - Alice Sebold
7- A Rainha da Tempestade - Marion Zimmer Bradley (MEU FAVORITO)
8- O Outro Nome da Rosa - RR Barcellos
9 - Os Catadores de Conchas - Rosamunde Pilcher
10 A Morte de D. J. em Paris - Roberto Drummond
11 Incidente em Antares Érico Veríssimo
12 Antologia Poética - Vinícius de Moraes
 
 
 
BLOGS INDICADOS
 
 
 
Obrigada pela participação
 
 
Lu Cavichioli
 
 
 
 
 
 

 


terça-feira, 2 de julho de 2013

Meu Refúgio


Os vasos estavam no parapeito da janela. Eram rosas, violetas, crisântemos, margaridas... eu os colocava lá todas as tardes. Era como se a janela fosse uma grande moldura, e as flores sua mais linda pintura.
Quem passasse pela estrada, fosse de carro, ônibus ou a pé, olharia para a janela, para a casa e as cores que nela havia...

E por estas e por outras, acabei sonhando, e nos faz de conta, alastraram-se estas presenças oníricas:

”Se era uma casa, tinha uma janela, se tinha uma janela, tinha também paredes, e tendo paredes, havia uma porta, havendo a porta, tinha-se a soleira... e assim um caminho para chegar até a soleira e entrar. Imaginem o caminho... de cada lado, via-se uma fileira de pedras, dessas grandes e brilhantes, parecendo pedra-sabão. Em volta das pedras a natureza bordou uma relva fina como renda; e a passagem assumia pegadas azulejadas em tons de azul. Nas paredes da entrada, os mesmos azulejos que compunham o caminho  estavam amalgamados nas reentranhas dos tijolos.
E minha alma morava ali, antes mesmo de nascer”.

by Lu Cavichioli