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terça-feira, 17 de maio de 2011

Sobre Cordéis e Encantamentos


Até onde consigo supor, a novelinha água com açúcar da Rede Globo está realmente abocanhando súditos e plebeus no horário vespertino.

Tenho a impressão (talvez (in)sensata), de que a emissora tenha finalmente acertado a mão na mistura do bolo, posto que personagens e enredo fermentaram a massa, temperando sagas e seus coronéis, chicoteando lampiões na porfia do cangaço e suas ditas justiças entre céus e terras. Aditivado com maestria brasões e barões assinalados da realeza e suas majestades.

Já fui noveleira, e das boas! Mas hoje, fiquei mais seletiva e para me contentar a história tem que ser pra lá de boa, mesmo porque também sou uma contadora de histórias. Por isso mesmo que esse texto foi se desenhando em minha frente, manchando uma inocente folha de papel, que mastiga minhas palavras para que ao final a digestão se faça sem azias.

Se fosse eu a contadora desta historinha açucarada que seria meio ácida, faria tudo ao inverso, fazendo da princesinha sertaneja uma engolidora da nobreza com toda pompa e ambição possíveis. E não essa coisinha triste que joga pela janela, vestidos e coroas, medalhas e impérios que galopam garbosos no passo do príncipe consorte.

Eu mostraria sim, seu lado ambicioso e, sobretudo sua ganância e o desenrolar profano da nobreza sobre o povo!
(até que seria interessante)

De resto, vemos fábulas e realidades no caldeirão das paixões, com muita água pra passar debaixo da ponte.

E como toda cidadezinha esquecida no mapa há um padre, um prefeito, um delegado, um doidivanas qualquer somados a personagens folclóricos e hilários que fazem a diferença diante do público, onde a criatividade deve destacar-se com doses de inteligência e bom humor. E isso, creio, eles fizeram.

Não há mais o que comentar. Deixo a cargo de meus leitores e amigos e, quem sabe isto se torne um debate novelesco e noveleiro.




Abraços
Lu Cavichioli

5 comentários:

  1. - Concordo, Lu. Nunca acompanhei telenovelas - e olha que sou do tempo do "Direito de Nascer", "As Pupilas do Sr. Reitor"... mas com quatro irmãs era-me impossível deixar de deglutir alguns episódios.
    - E duas delas conseguiram por vezes me fazer parar na sala, em meu itinerário da cozinha à varanda: "Gabriela Cravo e Canela" e "O Bem-amado". Mas também, com o Paulo Gracindo e a Regina Duarte inspirados...
    - Qualquer que seja o resultado, é bom sair da mesmice. Mas não me perguntem sobre os íltimos capítulos...
    - Abraços, Lu.

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  2. Sou noveleira também, Lu. E assim como você já fui bem mais, agora estou um tanto criteriosa.

    Mas amo de viver essa novela. Acho tudo muito bem feito, bem diferente da mesmice nas novelas anteriores.

    A única pendência é que ainda não decidi se prefiro o Rei de Seráfia ou o Rei do Cangaço, o qual acho de um charme absurdo.

    Depois te falo em off.
    Beijooooooooo...

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  3. Oi RR, olha que me lembro vagamente do Bem Amado, eu assistia. Na época era menina, tipo pré-adolescente. Minha mãe naum queria deixar eu ver, porque ela falava que era novela forte pra minha idade.kkkkkk
    tempos bons aqueles!!

    Valeu a leitura meu querido!
    beijos

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  4. Mi, sua noveleira kkkkkkkk
    Tb gostei demais da novelinha. Certamente fugiram das mesmices. Até que enfim não? rsrs

    O cangaceiro até que é bem tratado... kkkkk

    bjs amada

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  5. Concordo com a Milene, estou em dúvidas entre os dois reis. kkkkkk
    A Globo conseguiu reunir, cangaceiros e nobreza numa só novela. Mas estou gostando da água com açúcar e é a unica que estou aguentando.
    Beijos.

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