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domingo, 7 de fevereiro de 2016

Desprezo de mãe




Maria Helena, a Leninha estava doente, muito doente. Mas seus anjos da guarda estavam cuidando dela.

Sua avó, passara algum tempo ajudando-a no que podia.
Seu pai ia vê-la todas as tardes após  o trabalho.
Seu marido, acalentava seu coração e pediu ajuda médica

E sua mãe, onde estava??

OMISSA!

De quando em vez dava o ar da graça em tarde falsas de sorrisos e falas mentirosas.
Chegava lá e logo começava a se coçar, coisa estranha não acham? Mas era a pura verdade.

D. Luíza enchia-se de urticárias toda vez que ia na casa de Leninha. .. Que triste situação.
Essa mulher deveria ter problemas sérios, mas parecia normal aos olhos dos outros.

Só pra ilustrar e me fazer entender quanto aos atos dessa pessoa, mãe de Leninha, vejam esse episódio após uma semana que nascera Ana Clara:

Leninha precisou ser submetida a uma cesariana porque Ana Clara ficou sentada até o final da gravidez, até aí tudo bem. Passada uma semana da cirurgia, Leninha estava deitada no sofá da sala de sua casa e sua mãe na cozinha, quando esta entra vociferando essas palavras:

Escuta, tá na hora de levantar desse sofá, encostar a barriga no fogão e fazer comida pro teu marido viu?
Leninha viu-se oprimida mais uma vez, sentindo-se a pior criatura do universo.

Que mãe falaria assim com sua filha que passara por cirurgia ha uma semana e que também estava passando por uma severa depressão pós parto? Alguém me explique por favor!! Pois foi assim mesmo que se passou.

Nesse dia Leninha sentiu-se mal, vomitou muito e chorou quase a tarde toda. Queria morrer na verdade.
Ana Clara chorava de fome e lá ia ela amamentar, mas ia com muita raiva, tanto que a bebe contorcia-se em cólicas quando mamava. As duas sofreram muito nesse período...

A mãe se aproximou e disse para Leninha:

-Se eu souber que você judia da Clarinha, venho aqui e te esbofeteio e te quebro todos os dentes.

A campainha tocou! Era César, o pai de Leninha.  _ Oh, que alívio, pensou... meu pai chegou.
Ele veio caminhando com aquele sorriso generoso, estampando no rosto feliz, porque ia ver a filha e a neta.
Quando entrou no quarto viu Leninha aos prantos. Olhou para D. Luiza, esta lhe cumprimentou friamente e saiu.

-O que foi filha, chorando de novo?
-Ai, pai, me ajude, não sei o que tenho, por favor me ajude.

Ele a abraçou com  ternura e contou rapidamente um episódio triste que acontecera com uma parente da sua família, tentando ajudar a filha e ver que o problema da outra pessoa era maior que o seu. Pedindo calma a ela, dizendo palavras de alento e sempre dando carinho.

Leninha acalmou-se e dizia que estava se esforçando, mas que não entendia o que estava se passando com ela.
Rapidamente contou ao pai as malvadezas da mãe, e seu pai lhe dizia para não levar em consideração porque ela estava doente também. Mas Leninha não tinha condições para entender aquilo.

Seus pais ficaram até Filipe chegar da empresa. Despediram-se e foram embora.
No dia seguinte bem cedo, Leninha teve um surto.

(...) continua



6 comentários:

  1. Mãe!!! A que você descreve não se enquadra nos meus parâmetros. Essa depressão, por tudo que se lê, pode ter trágicas consequências, principalmente sem apoio e sem ajuda médica eficiente. Bjs.

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  2. Mãe e filha, espelhos, opostos às vezes.
    Certa vez escrevi um poema para minha mãe. Acho que ela nunca o leu, e ainda bem.

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  3. Nossa, fiquei curiosa agora, como será o desfecho?
    Conseguistes me prender com a história, vou acompanhar.
    Abraços e boa quinta-feira!
    Mari

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  4. Que mãe é essa????
    Estou curiosa para ver o final do conto.
    Obrigada pela visitinha, querida Lú
    Beijinhos muitos de
    Verena e Bichinhos

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  5. Credo! Que coisa e o pior é que acontece de verdade! Pena!! bjs, bom te ver! chica

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  6. Como dizem os jovens:ninguém merece uma dessa.
    Uma inspiração das boas Lu, que desperta a curiosidade do desfecho.
    Belo trabalho amiga.
    Que bom voce aparecer.
    Bjs.
    Feliz Maio de paz e alegrias e boas inspirações, que sempre nos agrada.

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