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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Amigos, gostaria muito de dividir com vocês uma série de textos (ainda em execução)que devem compor uma releitura da obra de Roberto Drummond, um escritor que revolucionou a literatura nos anos 70 com sua escrita despojada e direta.
Nestes ensaios eu reescrevo uma obra que o consagrou e que lhe rendeu o Premio Jabuti de Literatura. A obra em questão é: A MORTE DE D. J. EM PARIS - para quem já leu será mais fácil fazer a releitura através de minha escrita. Para quem não leu, deixo aqui uma excelente indicação de leitura, entre outras, deste autor pós-moderno que grande influencia teve em meu estilo.
Neste primeiro momento apresento a vocês um pequeno texto de abertura entre os demais ensaios.
Fragmentos de um devaneio
(sussurros de um homem atormentado)
Escrevo sobre G. Apolinário – (um de meus personagens que invariavelmente perde-se entre suas múltiplas personalidades)
Não tenho dormido quase nada pra falar a verdade. Aceitei a sugestão de meu vizinho de quarto e passei a usar protetores auditivos para afastar o barulho incandescente do transito.
Em algumas noites tomo um comprimido para dormir. Outras, fico de olhos pregados no teto em cruz de meus escárnios.
Um ronco imaginário dorme a meu lado, enquanto lá fora a chuva castiga a vidraça. Sei que almas viram estátuas no ponto de ônibus eternamente plantado em frente à minha janela. Acendo a luz do abajur vermelho, tipo cereja doce e ligo o ventilador de teto. Depois acendo um cigarro só pra relaxar.
Paris grita enlouquecida e iluminada. Quem sabe eu seria mais feliz se estivesse sentado em um dos milhares de cafés espalhados pela sexta-feira com cara de sábado.
Em meus sonhos (quando os tenho), encontro com ela. Encantadora de meus pensamentos, que assobia e dança com a música que sai de seus sapatos. Ela, que desfila e desnuda a neblina. Que fala a meus ouvidos com voz de blues.
by Lu Cavichioli
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- Com um antepasto desses, o apetite desperta de pronto. E parece que Paris é uma cidade especialmente inspiradora para escritores como R. Drummond (algum parentesco com o outro Drummond?).
ResponderExcluir- Quanto ao estilo, arrisco-me a dizer que a aluna faz jus ao mestre. Estarei atento à série, Lu... aguardando os pratos principais e antecipando um banquete epicurista. Abraços.
PS: Antepasto é ne Itália... melhor seria chamar isso de "couvert"...
ResponderExcluirkkkkkk oi Rodolfo vc é muito divertido, alto astral e faz uns coments very very cool!! Adoruu rsrs!!
ResponderExcluirRespondendo à sua pergunta, os Drummonds aqui citados não são parentes, mas somos todos seus admiradores, certo?
Gostou do couvert então? Legal, logo mais posto outro capítulo.
Com certeza, Paris é um fascínio federal!
Obrigada meu querido, pelo seu bom humor e gentileza!
super beijo da Lu e até mais!!
Lu, querida, que excelente ideia postar sobre autores!! O trecho que você colocou do Roberto me encantou.
ResponderExcluirObrigada por dividir estas dicas.
Beijos, carinho
madá
Adorei nossa inspiradora a tua idéia bjs
ResponderExcluirMaga esse pequeno ensaio é de minha autoria e não de R. Drummond. Eu apenas estou fazendo a releitura e reescrevendo a história sob minha ótica (claro que com os devidos créditos ao autor) - sempre!
ResponderExcluirVem muito mais por aí, aguarde!
Obrigada linda por tua visita.
super beijo
Lu
Oi Nelma, valeu a leitura. Venha mais vezes para acompanhar o desenrolar da trama.
ResponderExcluirbeijão da Lu