Todos os Direitos Resevados à Lu Cavichioli
Todos os trabalhos aqui expostos são de autoria única e exclusiva de Lu Cavichioli e estão licenciadas por
Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Unported License.
Não comercialize os trabalhos e nem modifique os conteúdos
Se quiser reproduzir coloque os devidos créditos
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Teias Douradas - um escrito na memória surreal
Era uma noite estranha e eu dedilhava silêncios dentro de um casulo e minha música era composta de terra batida no caminho da insensatez.
Eu sabia que a platéia estava repleta de estátuas, porém de quando em vez alguém olhava pra lua e gotejava algum aplauso, mesmo que ele fosse de papel.
Os rostos, feitos de transparência, brotavam das paredes de um teatro bélico, sucateado pelas guerras (ainda vindouras).
O instrumento, aberto, chorava colcheias desesperadas e famintas. Do teto descia majestoso labirinto de renda e uma rainha viúva fez calar piano e lua sobre corpos sonolentos, vazio de lamentos e toques amorfos de um viajante universal.
*gostaria de interpretações de meus leitores, se possível!
Obrigada
By Lu Cavichioli
Inverno de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Sou apenas uma estátua em tua platéia. Mas forçarei meus braços marmóreos a se dobrarem, juntando as mãos geladas em aplausos sólidos.
ResponderExcluirBeijos petrificados (mas não muito).
Parece que só vc RR se propôs a ler e comentar meu texto. Deve estar bem ruim, com difícil entendimento. rsrsrs....
ResponderExcluirMas seu coment, como sempre, the best! E vc ainda por cima juntou-se à minha platéia rs... Talvez o único a olhar pra lua.
bjs meu querido, e sem os petrificados. hehehe!
Estátuas são alma.
ResponderExcluirRostos iluminados de claridade pelo prateado da lua- sondando o esplendor do misterioso momento...
Posso ouvir explodir um som,multiuniverso de formas, e o grave teclar dos dedos nervosos ao piano, arrancados, sofridos, quase como um grito de lamento surdo. A plateia responde- estátuas reagem e esquecem por um momento as guerras travadas, Inferno Dantesco..
Teias e viúva descobrem que a noite é somente delas, não há espaço para homens e pedras.
E meu eu-viajante se apresenta!
É qualquer um de nós, aquele que ousa extrair um fio de vida(no tempo e espaço) de rostos e olhos há muito empedernidos!
******
Beijo,Lu!
São dezoito e trinta e só agora entrei aqui, pq não deu outra, minha amiga: claro, tive que ir ao médico!
Eita gripe, meu Deus! Ainda dói a cabeça...
Espero que goste da interpretação que fiz...
Depois eu volto ainda mais inspirada e com outro olhar e comento diferente...não é promessa, é vontade mesmo!!
Achei linda e instigante essa surrealidade toda sua!... ... ...
São dezenove horas, agora!
Mas eu também estou nessa platéia, só tenho medo de analisar e destoar completamente... Digamos que euzinha sou um tanto perdida no quesito interpretação.
ResponderExcluirMinha querida, você capricha na erudição, aí judia de mim nesse seu escrever tão bonito.
Mas, destaco o trecho que me pôs a pensar: "Os rostos, feitos de transparência, brotavam das paredes de um teatro bélico, sucateado pelas guerras (ainda vindouras)"...
Presente e passado se confundem. Estátuas vivas.... Sim, surral.
Me privo de continuar a resenha, pra não desembestar a dizer tolices, senhora escritora.
Beijos.
Graça, teu coment deu vazão a outro texto. Fazer o quê, a pessoa é mestra em literatura! rs
ResponderExcluirmeu afeto cara mia!
Obrigada pela leitura
Mi, te ponho a pensar e tu interpretas, e muito bem!
ResponderExcluirEstátuas vivas, de verdade... Talvez retalhos de pessoas formando uma nova humanidade.
bjão queridíssima!