Todos os Direitos Resevados à Lu Cavichioli

sábado, 22 de dezembro de 2012
domingo, 2 de dezembro de 2012
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Coincidência?
Gente, hoje é o niver da nossa Chica Joaninha e acreditem ou não, quando saí em minha varanda depois do jantar, advinha quem estava passeando na mureta?
Vocês não advinham? Então vejam:
É demais né pessoal? Corri pra pegar a câmera e deu tempo rsrs..
Pra você Chiquita, essa fofura de joaninha!
FELIZ ANIVERSÁRIO!
bacios da Lu
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joaninha para Chica
sábado, 24 de novembro de 2012
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Flor de Pele
Ainda por estes dias atentei pela sensibilidade humana. Sei que ela existe, sei sim, contudo não em todas as pessoas. (descobriu a América , Lu?) Não não, é que eu quis escrever isso mesmo!
Minha insistência está a cansar-me pois a sensibiliade é flor de pele . Ela nasce devagar e precisa ser raiada com o sol do AMOR e regada com lágrimas doces que só as fadas possuem (ou os anjos também) Mas tem gente que não crê em anjos nem em fadas, nem em coisa nenhuma. Crê somente em si mesmo e naquilo que é palpável... Pobres criaturas estas!
Falando em flor DE pele existe a Flor DA pele que é uma coisa totalmente adversa ao título deste post. Essa flor transborda sem ser chamada, ela é cálida e perfumada. Abre nossos poros liberando aromas e segredos íntimos. A pele e todo o corpo vive liberdades e sorve elementos energéticos que envolvem sentimentos, (todos bons, é claro)! Porém ainda insisto em sensibilidades, em perdão, em reconhecimento, mas tem gente que é pessoa e pessoa que não se sabe que se é gente , e que gosta de tomar banho em água suja. Pobreza de espírito, só isso...
Dou de ombros e aperto o botão DELETE e saio de boa, olhando para lua, pedindo conselhos poéticos, porque sensibilidade eu tenho e quem não tem ou é ruim da cabeça ou doente do pé.
To indo, mas volto, ô se volto!
by Lu Cavichioli
... Fazer o quê, eu sou assim: trovoadas com aberturas de sol!
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desabafos,
tempestades íntimas
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Forever Young
Sabe-se
que desde a antiguidade há uma busca incessante pela fonte da juventude. Que
seja mito ou verdade, muitos tachos caíram na fogueira das vaidades a fim de
criar a tal fórmula . Segundo alguns
historiadores e a nossa amiga Wikipédia a fonte da juventude
existe e fica situada no Ártico, e dizem algumas línguas que se a pessoa tomar
banho nua em noite de lua cheia será abençoada com a imortalidade...
BOBAGEM
TOTAL, mas vale as pesquisas (pra quem quiser saber mais sobre o assunto). Eu
fico com a resposta do espelho e vocês?
Na
verdade, o que acontece nos dias de hoje nem seria a eterna busca pela
juventude (aquilo lá em cima), foi só uma ilustração pra entrar no assunto. O
que eu quero mesmo é falar sobre o culto ao corpo, essa corrida do ouro
desenfreada para ter uma plástica perfeita.
Tem
vezes que fico a pensar no tempo em que vivi e quando eu tinha 20 anos de idade
e o quanto eles bastavam pra gente ser feliz, estudando, lendo, namorando,
ouvindo música, passeando com o cachorrinho nas tardes de verão, se lambuzando
de sorvetes, chocolates, rindo com a amigas sem saber porque, flertar, comer
batata fritas e andar de bicicleta.
Sinceramente?
Eu tenho pena dessas meninas que nascem e crescem em meio a esta ditadura do
corpo. Tenho exemplo em casa... Minha filha tem 27 anos e é magra, mas ela quer
ficar MAIS magra. É possível isso? Sabe, eu não sei conviver muito bem com essa
loucura, e olhem que trabalho na área de estética e bem que eu poderia ser uma
escrava de sua majestade a PLÁSTICA...Nada contra e nem a favor... Eu fico com
o que me sinto bem, e em primeiro lugar deve-se pensar na saúde. Sou a favor de
atividade física para se ter uma velhice digna. Sou a favor de consultar
médicos para repor aquilo que falta em cada organismo. Sou a favor de uma
alimentação equilibrada, mas sem exageros. Uma pizza no fim de semana é tudo de
bom... Ninguém é de ferro e a gente não é manequim de vitrine. Embora haja um
inconsciente coletivo que trabalha nas cabecinhas juvenis e que até as
balzaquianas entram na dança.
Tenho
visto em meu trabalho mulheres querendo reverter o tempo. Brigando com o
espelho e a balança, criando monstros internos. Sim, porque essa idéia fixa vai
minando e tudo acaba girando em torno disso.
O bom
da vida é contemplar gratuitamente -
natureza, corpo e mente, numa conjunção enigmática que acalenta sonhos e
faz parir sabedorias.
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coisas da vida
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Silhueta no Asfalto
Palpitações avisaram-me de que haveria problemas, mas eu não tomei conhecimento, mesmo porque estava atarefada e meus ouvidos zumbiam bibis e fonfons.
Aquela enxaqueca continuava humilhando meus sentidos e minhas pálpebras eram pernas acorrentadas.
No peito eu trazia tricordes e fios acinzentados que me foram emprestados por algum neurônio alucinado e vil, logo ali na esquina dos desavisados.
Eu continuava mesmo assim, a caminhar com pedais e pescoço elevado.
Olhos turvos e mal acabados olhavam-me de alguma janela dependurada nas montanhas de cimento que erguiam-se indiferentes aos gritos que saiam do solo enquanto o sol projetava miragens num asfalto magmático cheirando a borracha derretida.
Ouvi ao longe um estrondo. Parei na contramão! Olhei em redor e vi logo ali na minha frente um desenho feito com crayons avermelhados. Respirei fundo e resolvi olhar de perto aquela arte feita com pincéis de pele e pelo. E para minha total surpresa e horror me certifiquei que alguém (sem eu dar-lhe) permissão, fizera minha caricatura.
Dei meia volta, sacudi a poeira e dei a volta por cima... Afinal, agora eu flutuava ouvindo flautas doces.
Aquela enxaqueca continuava humilhando meus sentidos e minhas pálpebras eram pernas acorrentadas.
No peito eu trazia tricordes e fios acinzentados que me foram emprestados por algum neurônio alucinado e vil, logo ali na esquina dos desavisados.
Eu continuava mesmo assim, a caminhar com pedais e pescoço elevado.
Olhos turvos e mal acabados olhavam-me de alguma janela dependurada nas montanhas de cimento que erguiam-se indiferentes aos gritos que saiam do solo enquanto o sol projetava miragens num asfalto magmático cheirando a borracha derretida.
Ouvi ao longe um estrondo. Parei na contramão! Olhei em redor e vi logo ali na minha frente um desenho feito com crayons avermelhados. Respirei fundo e resolvi olhar de perto aquela arte feita com pincéis de pele e pelo. E para minha total surpresa e horror me certifiquei que alguém (sem eu dar-lhe) permissão, fizera minha caricatura.
Dei meia volta, sacudi a poeira e dei a volta por cima... Afinal, agora eu flutuava ouvindo flautas doces.
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textinho mórbido
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Doar Memórias
De todas as memórias em forma de lembranças que tive, escolhi algumas pra adoçar minha vida e meu dia, ou quem sabe minha noite...
*Meu casamento
*Nascimento da minha filha
*Ter conhecido a mulher que foi minha avó
*Ser filha de um pai generoso e cheio de bons conselhos
*Publicar meu primeiro livro
*Contribuir com a saúde e a beleza de dentro pra fora
* Afetos que guardo em meu cuore
*Meu bebê amarelo
... por hoje chega... eu to meio down
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abrindo a caixa preta
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Vale a repostagem
Como eu não consegui escrever mais nada sobre Halloween até agora, a dona abóbora marota pediu pra eu trazer o texto de travessuras.
Compartilhar é sempre bom, mesmo que seja em replay!
Ouro de Tolo
A sala estava (por enquanto) em total penumbra. Só as luzes da rua ousavam olhar através do linho (verde-musgo) encorpado presente na janela. E por isso, conferia ao ambiente certo marasmo lúgubre (ousado ou amaldiçoado)? Nem sei...
O jogo de sofá, dormia em um canto , emoldurado pela textura ,cor de avelã . No lado leste da sala, achava-se acanhada, uma mesa de jantar sextavada que era abraçada por cadeiras imóveis.
Um tapete persa, um tanto rugoso olhava uma pequena chama tremeluzente que vinha da janela oposta à luz da rua. Era dourada , abstrata na refração um tanto cínica para uma noite comum. (Mas não era uma noite comum)!
O vento começava seu bailado, e a leveza do voil transparecia uma face (retorcida)?!
Era ouro mesmo? Louca presunção da noite preta.
Sorriso amarelo na janela. Boca recortada, dentes afi(n)ados.
Olhos velados (chamuscados).
Nariz triangular na face marota.
Ela – abóbora
Noite de travessuras!
*texto escrito po ocasião de um exercício literário proposto pelo Empório do Café Literário.
by Lu Cavichioli
Compartilhar é sempre bom, mesmo que seja em replay!
Ouro de Tolo
A sala estava (por enquanto) em total penumbra. Só as luzes da rua ousavam olhar através do linho (verde-musgo) encorpado presente na janela. E por isso, conferia ao ambiente certo marasmo lúgubre (ousado ou amaldiçoado)? Nem sei...
O jogo de sofá, dormia em um canto , emoldurado pela textura ,cor de avelã . No lado leste da sala, achava-se acanhada, uma mesa de jantar sextavada que era abraçada por cadeiras imóveis.
Um tapete persa, um tanto rugoso olhava uma pequena chama tremeluzente que vinha da janela oposta à luz da rua. Era dourada , abstrata na refração um tanto cínica para uma noite comum. (Mas não era uma noite comum)!
O vento começava seu bailado, e a leveza do voil transparecia uma face (retorcida)?!
Era ouro mesmo? Louca presunção da noite preta.
Sorriso amarelo na janela. Boca recortada, dentes afi(n)ados.
Olhos velados (chamuscados).
Nariz triangular na face marota.
Ela – abóbora
Noite de travessuras!
*texto escrito po ocasião de um exercício literário proposto pelo Empório do Café Literário.
by Lu Cavichioli
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abóboras e outros bichos
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Interpretação de Texto - Por Graça Lacerda
Amigos do Escritos, por estes dias recebi este presente da minha queridíssima amiga Gracinha Lacerda.
Ela simplesmente, com toda sua cultura e delicadeza (para comigo), formulou questões minuciosas para que o texto abaixo, fosse interpretato por seus alunos.
Querida amiga, não houve palavras para tal ato, só reconhecimento , alegria e orgulho (sem arrogâncias) - e que só fez deixa esta que vos fala , MUITO lisonjeada .
Obrigada
Alguém se habilita a responder? Tem que quebrar a cabeça, viu gente... Porque nem eu mesma, autora do texto, consegui ainda. rs
BAÚ VAZIO
Talvez na outra linha
Não tenho mais verbos, nem adjetivos, nem pronomes. Nem advérbios, nem preposições.
As orações ficaram todas insubordinadas e os substantivos indecentes.
Comecei a gritar pelas frases feitas, mas elas não vieram porque sabem que eu não as suporto. Nem mesmo para substituir elas servem.
Clichês e chavões pairavam sobre minha pobre cabeça poética, desarrumada e (talvez) vazia.
Decidi que o ponto final seria meu conselheiro e os dois pontos concordaram:
.
By Lu Cavichioli
*****
Amiga,
Conforme havia prometido, eis a minha promessa cumprida...
INTERPRETAÇÃO DE (seu belo)
TEXTO:
Alunos: 9º Ano do Ensino Fundamental e 1º a 3º Anos do Ensino Médio
Escola: Estadual Presidente Bernardes
Professoras:Denise Goulart, Marília Silva, Goretti Oliveira e Graça Lacerda
QUESTÕES
1. A autora Lu Cavichioli (SP) trata, com muito brilho e propriedade, de uma parte da Gramática Normativa da Língua Portuguesa. Que parte da gramática inspirou a autora, nesse texto? ______________________________________________
2. Utilizando-se de dois prefixos comuns - indicadores de antonímia - (figura que estabelece uma relação de sentido entre dois lexemas, ou seja, uma relação semântica de oposição), Lu Cavichioli reflete seu grito de vazio utilizando-se criativamente de dois adjetivos. Essas duas palavras são:
a)_________________________
b)_________________________
3. Com muita sutileza, há no texto indícios de que a autora pertence à restrita classe daqueles que possuem "classe", estilo, grandiloquencia. Que frase revela esta afirmação?__________________________________________________
4. Abstendo-se de valer de obviedades e das coisas corriqueiras da língua, o poeta vale-se de sua criatividade para escrever seus poemas. É sabido que o jogo de palavras e pensamentos configuram singularmente esse universo. Quais são as duas palavras usadas pela autora do texto para caracterizar o vazio, colocando sérios impedimentos à sua criatividade?
a)_________________________
b)_________________________
5. Lu Cavichioli fecha com maestria e originalidade seu poema. Encontre a figura de alegorias que isso representou para o fechamento do texto: _________________________________________________
*****
Sugestão de leitura e interpretação. Poderão ser acrescentadas outras questões.
Marcadores:
interpretação de texto por Graça Lacerda
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
O Cajueiro, a Sinhazinha e o Novelo de Lã
* A quem interessar a Saga do Cajueiro encontra-se na íntegra na aba da Fábrica de Histórinhas
Epílogo
No último episódio eu deixei algumas incertezas pairando
leve como quem nada quer... Devo repetir para que todos lembrem e façam seu
julgamento final.
*Será que o Cajueiro vai dar conta de ficar só, perdoar e
ser perdoado?
*Tenho dúvidas se Sinhazinha voltará de Lustron
* Deixo no ar a pergunta se o Novelo de Lã será para sempre
borboleta
Descobri sobre o Cajueiro que ele deu conta de ficar só,
mesmo porque sozinho se basta (não é difícil de perceber). Agora... Perdoar sei
não... Sua copa é frondosa demais pra isso. Penso que ele entenda ser o melhor
e o maior pé de caju da face da Terra. Contudo, foi perdoado, mas o “perdoador “
bateu asas e voou pra bem longe e dizem que desencanou de vez.
Sinhazinha deu o ar da graça, alugou um Zeppelin e voltou
de Lustron numa viagem sem escalas diretamente para seu rancho onde mora o
Cajueiro. Lá chegando, varreu as folhas mortas em volta do tronco saudoso e
lavou toda a varanda colocando balanços e mimando lagartas comedoras de
samambaias.
Quanto ao Novelo de Lã, que um dia foi borboleta, fechou-se
em crisálidas a espera do ano vindouro, onde será somente um tecer de missivas.
Contaram-me que Cabralzinho, o jagunço, fez cirurgias
homofóbicas e anda a espalhar rosas pelos caminhos. Agora sim ele poderá ser
realmente feliz, embora sua capacidade craniana seja provida apenas de poucos
neurônios parafusados com cola quente.
O Feiticeiro virou fogo fátuo para sempre e foi morar na
Constelação da Estrela Vega.
Saudações e agradecimentos para quem acompanhou a saga do
Cajueiro, da Sinhazinha e do Novelo de Lã - um trio que adora um baile de
máscaras. Mas atenção: Cada um tem sua particularidade, que deixou marcas no “perdoador”
imaginário, dono e senhor do cenário.
O Cajueiro deixa decepções
A Sinhazinha causa dúvidas
O Novelo de Lã coleciona arrogâncias
The End
By Lu Cavichioli
*Ano vindouro, quem sabe... Novas aventuras!
FUI!
terça-feira, 16 de outubro de 2012
No baú da primavera, encontrei...
... Boca no Trombone.
O Escritos na Memória é um blog comportando e não é dado a estas coisas de berro aqui e berro ali, mas como em minha memória há gritos surdos - resolvi postar no Escritos... Por enquanto nanhuma batata assando - melhor assim!
Esse texto foi escrito na primavera de 2011 e acabei de achá-lo . Re(li) e percebi que ainda acontecem por aí os tais:
ESTRELISMOS
O Escritos na Memória é um blog comportando e não é dado a estas coisas de berro aqui e berro ali, mas como em minha memória há gritos surdos - resolvi postar no Escritos... Por enquanto nanhuma batata assando - melhor assim!
Esse texto foi escrito na primavera de 2011 e acabei de achá-lo . Re(li) e percebi que ainda acontecem por aí os tais:
ESTRELISMOS
Sem querer fazer apologias ou pré-julgamentos ( a sério
mesmo), a gente vai achando coisinhas aqui, acolá... Vai lendo, vai remexendo e
montando quebra-cabeças e tal e coisa. E no meio disso tudo tem sempre nossa
opinião. Aquela dita pessoal, intransferível e única na maioria das vezes. Sem
contar os marias vão com as outras que gostam de variar, dar passinhos pra trás
e politicar a boa vizinhança.
Esse parágrafo aí em cima, ousado e meio esquelético por
falta de alguns sais minerais do tipo “eu causo” - “eu sou” - “eu fiz” “eutcéteras”... Ilustra na totalidade minha
indignação.
Eu falo e (escrevo) sobre o mundo da blogosfera em geral.
Há muita, mas muita gente boa que cria blogs inteligentes, que trazem
pesquisas, furos jornalísticos de categoria e que acrescentam mesa farta na
miséria letreira e palavrória de alguns energúmenos (até inteligentes), porém convencidos. Mil
perdões pelo paradoxo (talvez temporal), cruzando linhas de tempo/espaço onde
cérebro e “metacérebro” se encontram na louca trajetória em parir histórias -
até que bem inteligentes e criativas... Mas como sempre cheias de orgulho
próprio.
Todo mérito e crédito aos criadores e costureiros de
frases. Nada contra e muito pelo contrário. Ando aplaudindo e sorvendo palavras
ultimamente. Almoçando parágrafos e jantando sopa de letras fantásticas que contam tantas histórias desse
Brasil infinito em cultura e arte.
Oh... Mas quem está interessado em arte? POUCOS!
Bom, mas até agora
eu não discursei sobre estrelismos. Well, talvez nem precise, seria anarquia de
minha parte. Contudo eu não posso deixar de percebê-los - (estão por aí).
Sorry! Mas... Que
eles existem, lá existem; E COMO!
Eu gosto mesmo é da interação entre os blogueiros.
Sinceridade na lata como disse certa vez
um mago amigo meu (magoamigo). Mas tudo com certo limite, prudência, bom senso!
E sabem que tenho encontrado? Good!
Entretanto, estrelismos continuam a manchar páginas.
Mata borrão neles!
E pra não falar que nem pronunciei flores, resta-me
apenas cantarolar, comer nectarinas e revolver a terra em busca de sementes que
brilhem por si só. Posto que haja muitas em meu convívio, graças a Deus!
São Paulo, primavera - 2011
By Lu Cavichioli
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repostagem atrevida no Escritos na Memória
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
O Fantástico mundo de Lu Cavichioli
* Só um adendo: O título desta postagem não tem a pretensão de usar o adjetivo fantástico, como algo arrebatador e maravilhoso. Mas sim como algo ficcional e mágico dentro da minha realidade enquanto escritora ou "rabisqueira" que só faz sonhar e imaginar, criando fantasias.*
Buenas meus leitores, meus camaradas, amigos vindos de todas as estrelas e universos.
Eis-me aqui para contar um pouco sobre minha forma de fazer literatura e o quanto ela evoluiu desde então.
Eu costumo dizer que sou viajante da própria história e uma criatura que vive sonhando de olhos abertos. As vezes me pego escrevendo linhas perdidas que mais tarde serão costuradas com outras tantas que guardo em páginas amontoadas dentro de pastas que se acumulam com missivas, com recadinhos e lembretes e toda sorte de anotações. Depois dá um trabalhão danado separar o joio do trigo, mas eu gosto de fazer isso, é como uma terapia onde o terapeuta sou eu.
Não pensem que escrevo toda hora e a todo momento, acho que ninguém faz isso. Porém quando as palavras começam a jorrar atormentando-me numa torrente que não se pode conter, eu tenho que escrever, mesmo que seja sem nexo e que sejam somente palavras de mãos dadas - amigas ou companheiras de viagem , sabe-se lá. Deixo-as vir tão somente.
Há tempos que não construo poemas, os versos fugiram da minha pessoa. Atravessaram a ponte, levando consigo meu lirismo, meu romantismo, meu olhar sobre a natureza. Creio que os pássaros que cantavam dentro de mim estejam dormindo somente e que um dia, sem mais nem menos, voltarão a cantarolar.
A escrita corrida tem sido minha cúmplice ultimamente. São textos e mais textos em prosa que surgem de observações, anotações e olhares perpendiculares sobre tudo e todos.
Tenho folhas mil sobre sagas, personagens que invento e outros que redesenho conforme suas próprias bocas, que sopram em meus ouvidos atentos e ávidos algum parágrafo que alinhavo a outro que era um pergaminho esquecido, e assim vou alinhando a silhueta de algo parecido com páginas enumeradas e costuradas abraçadas por uma capa protetora, colorida e batizada com um daqueles títulos bem à minha moda: OUSADO - ABSTRATO - ELEGANTE - DESAJUSTADO - FUTURISTA ... Colados aos "etecéteras" inerentes desta que vos fala.
Quem me acompanha já deve ter lido algumas séries (todas paradas no tempo), a espera de determinação para que possam fruir a espera do PONTO FINAL.
Alguém lembra de ODEON - O DRUÍDA? Então, esse conto está terminado , mas dentro dessa minha cabeça atormentada pelas letras, veio a idéia de tornar esse conto já definido como a última parte da saga de Odeon. Será lá isto possível? Nem sei.
Há também estacionada em frente a um letreiro luminoso dentro do meu cerebelo outra série que tem por título: UM SONHO EM PARIS - eu estava quase terminando, quando tudo cessou, parou de vez e nada mais foi escrito. Outro rebento na espera...
Enfim, aconteceu O CAJUEIRO, A SINHAZINHA E O NOVELO DE LÃ - que me parece,está rendendo.
Contudo amigos, continuo correndo por fora com o "Pequeno Diário de Primavera" que teve início em setembro de 2011 e que estou dando continuidade conforme posso ,logo ali no http://retratosemdegrade.blogspot.com.br
Na verdade não posso e nem consigo parar de escrever. Minhas células precisam deste oxigênio também.
Até breve.
Lu Cavichioli
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palavreando
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Sem Cajueiro nem Sinhazinha somente...
... Novelo de Lã em Missiva
Bosque dos Arvoredos
Depois da ponte, bem longe do lago do arvoredo o Novelo de Lã estudava as almas humanas prestando atenção em seus trejeitos e falas. E foi numa dessas andanças através do bosque de borboletas que o Novelo de Lã encontrou migalhas de pão feito rastro de passarinho. E como era muito curioso o novelinho seguiu a trilha até uma casa abandonada, porém convidativa, tal era seu aspecto.
A casinha era toda feita de tijolinhos de sorvete colorê e das janelas brotavam curiós e patativas que caiam em pencas enrodilhando-se nos troncos feitos de quimeras com erva-santa.
Na porta da frente havia um recado feio de papel crepon pregado com mel que dizia:
"Estou de férias nas areias desérticas e de lá devo seguir para Lustron - um vilarejo perdido no centro da Terra.
assinado - Sinhazinha."
O novelo de Lã que era borboleta voou debulhando-se em lágrimas pensando como iria contar isso para o Cajueiro. Porque comentava-se à boca pequena que o tal Cajueiro andava arredio e um tanto carente. E eram muitas as especulações a respeito de seu silêncio.
Enquanto não virava Novelo de Lã, a Borboleta chorava procurando uma pupa onde pudesse se enconder da vastidão ignóbil do ser humano.
Depois de sobrevoar eucaliptos , o Novelo de Lã pousou sobre o telhado que tinha gosto de nutella e resolveu descer suavemente pela calha espiral feita de biju. Entrou na casa, guardou o crepon no balaio e pôs-se a escrever.
Querido Cajueiro,
"Encontro-me só e totalmente desprovido de humanidades. Tentei ler as mentes no éter, mas nada obtive. Sei que sofres pela ausência de Sinhazinha, mas não temas porque dela tenho notícias. O crepon tudo sabe e tudo vê. Só posso adiantar que ela está bem distante e não há previsões de sua volta.
Tenho notícias também do feiticeiro, porque vi quando voei sobre o arvoredo que ele tinha feito fogueira em noite de lua cheia que desenhou versos e trovas por toda parte.
A lua, tua companheira, irá falar-te ao pé do ouvido sobre o perdão que tu espera e precisa também ofertar. Por isso está sofrendo.
Por favor, tome conta de Lusco Fusco e não deixe que ele atravesse a ponte.
A patativa chegará em breve e esta carta também. Despeço-me triste e solitário, pois ainda sou Novelo de Lã, mas pela manhã serei borboleta novamente e sairei em busca d'orvalho das almas que ainda preciso controlar."
Anima-te porque logo estarei sobrevoando tua copa. Agora vou indo porque tenho que catar algodão doce."
ass:
Novelo de Lã
Lusco-Fusco com saudade do Novelo de Lã
Fico a pensar se o Cajueiro vai dar conta de ficar só, perdoar e ser perdoado.
Tenho dúvidas se Sinhazinha voltará de Lustron
E deixo no ar a pergunta se O Novelo de Lã será Borboleta para sempre
Fábulas
By Lu C.
Obrigada pela paciência da leitura.
Bosque dos Arvoredos
Depois da ponte, bem longe do lago do arvoredo o Novelo de Lã estudava as almas humanas prestando atenção em seus trejeitos e falas. E foi numa dessas andanças através do bosque de borboletas que o Novelo de Lã encontrou migalhas de pão feito rastro de passarinho. E como era muito curioso o novelinho seguiu a trilha até uma casa abandonada, porém convidativa, tal era seu aspecto.
Casinha de Sorvete Colorê
A casinha era toda feita de tijolinhos de sorvete colorê e das janelas brotavam curiós e patativas que caiam em pencas enrodilhando-se nos troncos feitos de quimeras com erva-santa.
Na porta da frente havia um recado feio de papel crepon pregado com mel que dizia:
"Estou de férias nas areias desérticas e de lá devo seguir para Lustron - um vilarejo perdido no centro da Terra.
assinado - Sinhazinha."
O novelo de Lã que era borboleta voou debulhando-se em lágrimas pensando como iria contar isso para o Cajueiro. Porque comentava-se à boca pequena que o tal Cajueiro andava arredio e um tanto carente. E eram muitas as especulações a respeito de seu silêncio.
Enquanto não virava Novelo de Lã, a Borboleta chorava procurando uma pupa onde pudesse se enconder da vastidão ignóbil do ser humano.
Depois de sobrevoar eucaliptos , o Novelo de Lã pousou sobre o telhado que tinha gosto de nutella e resolveu descer suavemente pela calha espiral feita de biju. Entrou na casa, guardou o crepon no balaio e pôs-se a escrever.
Querido Cajueiro,
"Encontro-me só e totalmente desprovido de humanidades. Tentei ler as mentes no éter, mas nada obtive. Sei que sofres pela ausência de Sinhazinha, mas não temas porque dela tenho notícias. O crepon tudo sabe e tudo vê. Só posso adiantar que ela está bem distante e não há previsões de sua volta.
Tenho notícias também do feiticeiro, porque vi quando voei sobre o arvoredo que ele tinha feito fogueira em noite de lua cheia que desenhou versos e trovas por toda parte.
A lua, tua companheira, irá falar-te ao pé do ouvido sobre o perdão que tu espera e precisa também ofertar. Por isso está sofrendo.
Por favor, tome conta de Lusco Fusco e não deixe que ele atravesse a ponte.
A patativa chegará em breve e esta carta também. Despeço-me triste e solitário, pois ainda sou Novelo de Lã, mas pela manhã serei borboleta novamente e sairei em busca d'orvalho das almas que ainda preciso controlar."
Anima-te porque logo estarei sobrevoando tua copa. Agora vou indo porque tenho que catar algodão doce."
ass:
Novelo de Lã
Fico a pensar se o Cajueiro vai dar conta de ficar só, perdoar e ser perdoado.
Tenho dúvidas se Sinhazinha voltará de Lustron
E deixo no ar a pergunta se O Novelo de Lã será Borboleta para sempre
Fábulas
By Lu C.
Obrigada pela paciência da leitura.
Marcadores:
saga do Cajueiro e suas andanças pela vida
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
O Cajueiro, A Sinhazinha e o Novelo de Lã - a saga continua
DESENCONTROS - CENA II
O caminho para o Cajueiro
Certa noite, a Borboleta que era Novelo de Lã resolveu virar mariposa e pousou no tronco do cajueiro. E ali ficou tecendo seu tricô de palavras aproveitando para consolar o Cajueiro, cuja raiz gritava de dor, porque certamente iria parir o mapa astral.
Sinhazinha nem de longe desconfiava dessa dupla noturna, pois nesta noite ela resolveu dormir na praia a contemplar fogos de artifícios num reveillon bêbado e maltrapilho.
Ela sabia que o Cajueiro que virou fogueira de São João acostuma-se com fogo-fátuo que saiam cantando das partituras guardadas em peças de relicário sonoros, azuis e compenetrados, na negritude infinita de seu próprio universo.
Esta era uma noite de choro para o Cajueiro porque ele sentiu-se abandonado pela Sinhazinha que pegou caronas em claves de sol - afinal ela era um pássaro.
Novelinho de Lã emaranhado em borboletas
O Novelo de Lã, esperto, sabia olhar dentro das pessoas que passavam garbosas entre as cercanias do arraial. Então ele ficava enrodilhado dentro do balaio que não era de gatos, mas pertcencia somente à Sinhazinha.
Sinhazinha libertando as borboletas
NOITES E AÇÚCARES - CENA III
Aconteceu certa noite que a Sinhazinha resolveu fazer pão de queijo, mas como ela não tinha a receita, decidiu fazer pão de açúcar.Daí ela não queria experimentar o pão sozinha, lembrou-se do Novelo de Lã que guardava em seu balaio que poderia ser de gatos se ela quisesse. Mas qual foi sua surpresa quando ela ali o procurou... Cadê o novelinho ?
Estaria tecendo colcha de retalhos sob o Cajueiro que descansava aos olhares da lua?
A solidão de Sinhazinha
Aos poucos, Sinhazinha recolheu-se à sua solidão e ali ficou a admirar os pães de açúcar pendurados no céu do Cristo Redentor num cantinho da janela. Ficou a olhar estrelas por um tempo fechando a janela em seguida. E foi aí que ouviu um fino miado meio esganiçado - deveras irritante que vinha em sua direção. Era lusco-fusco, seu bichano de estimação que trazia na boca o Novelo de Lã todo emaranhado e envolto em borboletas noturnas estranhamente coloridas.
Então Sinhazinha acenou para o Cajueiro, desfez os nós libertando as borboletas e resolveu dormir um sono milenar (semelhante ao de uma certa princesa).
Lusco-Fusco
A saga continua em outra oportunidade - deixemos o Cajueiro dormir e virar uma Dama
By Lu C.
Certa noite, a Borboleta que era Novelo de Lã resolveu virar mariposa e pousou no tronco do cajueiro. E ali ficou tecendo seu tricô de palavras aproveitando para consolar o Cajueiro, cuja raiz gritava de dor, porque certamente iria parir o mapa astral.
Sinhazinha nem de longe desconfiava dessa dupla noturna, pois nesta noite ela resolveu dormir na praia a contemplar fogos de artifícios num reveillon bêbado e maltrapilho.
Ela sabia que o Cajueiro que virou fogueira de São João acostuma-se com fogo-fátuo que saiam cantando das partituras guardadas em peças de relicário sonoros, azuis e compenetrados, na negritude infinita de seu próprio universo.
Esta era uma noite de choro para o Cajueiro porque ele sentiu-se abandonado pela Sinhazinha que pegou caronas em claves de sol - afinal ela era um pássaro.
O Novelo de Lã, esperto, sabia olhar dentro das pessoas que passavam garbosas entre as cercanias do arraial. Então ele ficava enrodilhado dentro do balaio que não era de gatos, mas pertcencia somente à Sinhazinha.
NOITES E AÇÚCARES - CENA III
Aconteceu certa noite que a Sinhazinha resolveu fazer pão de queijo, mas como ela não tinha a receita, decidiu fazer pão de açúcar.Daí ela não queria experimentar o pão sozinha, lembrou-se do Novelo de Lã que guardava em seu balaio que poderia ser de gatos se ela quisesse. Mas qual foi sua surpresa quando ela ali o procurou... Cadê o novelinho ?
Estaria tecendo colcha de retalhos sob o Cajueiro que descansava aos olhares da lua?
A solidão de Sinhazinha
Aos poucos, Sinhazinha recolheu-se à sua solidão e ali ficou a admirar os pães de açúcar pendurados no céu do Cristo Redentor num cantinho da janela. Ficou a olhar estrelas por um tempo fechando a janela em seguida. E foi aí que ouviu um fino miado meio esganiçado - deveras irritante que vinha em sua direção. Era lusco-fusco, seu bichano de estimação que trazia na boca o Novelo de Lã todo emaranhado e envolto em borboletas noturnas estranhamente coloridas.
Então Sinhazinha acenou para o Cajueiro, desfez os nós libertando as borboletas e resolveu dormir um sono milenar (semelhante ao de uma certa princesa).
Lusco-Fusco
A saga continua em outra oportunidade - deixemos o Cajueiro dormir e virar uma Dama
By Lu C.
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